UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Não espere...


Não espere...
Não espere um sorriso para ser gentil;
Não espere ser amado para amar;
Não espere ficar sozinho para reconhecer
o valor de quem está ao seu lado;
Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar;
Não espere a queda para lembrar-se do conselho.

Não espere...
Não espere a enfermidade para perceber
o quanto é frágil a vida;
Não espere pessoas perfeitas para então
se apaixonar;
Não espere a mágoa para pedir perdão;
Não espere a separação para buscar reconciliação;
Não espere a dor para acreditar em oração;
Não espere elogios para acreditar em si mesmo.

Não espere...
Não espere que o outro tome a iniciativa
se você foi o culpado;
Não espere o EU TE AMO, para dizer eu também;
Não espere o dia da sua morte
para começar a amar a vida;
E então o que você está esperando?
Ame a vida, e seja feliz, antes que seja tarde...

(Autor Desconhecido)

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