UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sábado, 20 de agosto de 2011

Pétalas de Rosas


São pétalas de rosas
Colhidas com carinho
Vindas de meu jardim.

Salpicadas de orvalho da manhã
Vestidas de sonhos
Regadas de ternura.

Sopro-as ao teu encontro
Para que elas enfeitem teus dias
Perfumem tuas noites

Até a eternidade...

(Autor: Bruno de Paula)

Nenhum comentário: