UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Boa Noite!

Boa Semana!

Receita de Poção Mágica

Halloween - Dia das Bruxas

Porque sou uma Bruxa




Sou uma bruxa porque sempre
que abro os olhos ao despertar, 
me emociono por mais um dia para viver, livre 
e comprometida com as coisas e as causas da Grande Mãe. 
Neste momento procuro refletir a respeito dos 
tantos dias que nos foram tirados, por inveja,
injúria e cobiça e peço luzes 
e força a Deusa Mãe para o dia de hoje.
Sou uma bruxa porque ao abrir as janelas 
e respirar o ar da manhã, agradeço a Deusa pelo dom da vida, 
e celebro o pai ar pela sua presença em mim.
Sou uma bruxa porque, ao me alimentar, 
celebro aquele bendito alimento e bendigo todos 
aqueles que contribuíram com seu trabalho para 
que o mesmo chegasse à minha mesa.
Sou uma bruxa porque, sempre de alguma forma,
renasce o amor em mim, e minha alma agradecida transmite luz.
Sou uma bruxa porque sempre me envolvo e me comprometo 
a serviço da justiça e da paz no mundo.
Sou uma bruxa porque estou sempre insistindo 
em abrir as portas do meu coração para
transmitir os ensinamentos dos antigos 
e facilitar o despertar da grande arte 
nos corações dos que me cercam.
Sou uma bruxa porque estou sempre acendendo
um fósforo sem maldizer a escuridão.
Sou uma bruxa porque busco a verdade 
sem jamais me conformar com a mentira e o subterfúgio.
Sou uma bruxa sempre que renuncio 
ao egoísmo e procuro ser generosa.
Sou uma bruxa quando sorrio para alguém,
mesmo estando muito cansada, 
pois conheço o valor do sorriso.
Sou uma bruxa quando preparo um chá que vai curar, 
ou pelo menos amenizar a enxaqueca daquela vizinha chata.
Sou uma bruxa quando tomo um animal 
em meu colo para lhe amenizar a dor. 
Quando planto e colho uma erva e agradeço 
a Gaia por tamanha dádiva.
Sou uma bruxa quando persigo a luz de uma estrela
com o olhar e o coração nas trevas que nos circundam. 
Quando levo a fé nos Deuses por entre linhas, 
apenas com minhas ações.
Sou uma bruxa quando em rijo, 
sinto o rio do sangue da vida que 
escoa nas minhas entranhas. 
Quando sou fogo que estimula o coito,
e água que transforma e modifica cursos.
Sou uma bruxa porque me aconchego 
no seio sagrado da terra, 
voltando ao colo sagrado. 
Quando abro o circulo invocando os ventos do norte, 
buscando no canal dos antigos o néctar do renascer.
Sou uma bruxa porque, quando falo 
em liberdade, me sinto águia. 
Quando falo de sabedoria, me sinto coruja, 
e, quando falo do belo, me sinto arara.
Sou uma bruxa porque estou sempre atenta ao perfume, 
que não posso derramar no próximo sem que também 
me atinja e a lei tríplice se faz em mim.
Sou uma bruxa quando vivencio o sabor do pão partilhado. 
Quando procuro pedir perdão e recomeçar.
Sou uma bruxa quando me recolho ao silêncio 
perante um julgamento preconceituoso 
ou injusto a meu respeito, entrego ao tempo. 
Único polo óptico da verdade imutável.
Sou bruxa quando desenvolvo em meu ser a 
humildade de viver e morrer como o grão de trigo, 
para depois frutificar searas de luz,
de tenacidade e esplendor.
Sou uma bruxa porque estou sempre 
ressurgindo das cinzas como Fênix. 
E assim, retomar a minha vivência concreta, 
cujo itinerário principal é a minha Deusa interior,
forte, guerreira, translúcida, serena 
e amorosa a despertar em mim.
Por tudo isso, sou uma bruxa!

(Autor Desconhecido)

Os Quatro Elementos



"Seja terra", disse o mestre.
"A terra recebe os dejetos de homens e animais,
e não é perturbada por isto; muito pelo contrário,
transforma as impurezas em adubo, e fertiliza o campo".

"Seja água", disse o mestre.
"A água limpa a si mesma,
e limpa tudo aquilo que toca.
Seja água em torrente".
"Seja fogo", disse o mestre.
"O fogo faz a madeira podre
transformar-se em luz e calor.
Seja o fogo que queima e purifica".
"Seja vento", disse o mestre.
"O vento espalha as sementes sobre a terra,
faz o fogo arder com mais brilho,
empurra as nuvens - para que a água caia
sobre todos os homens".

"Se você tiver a paciência da terra,
a pureza da água,
a força do fogo,
e a justiça do vento,
você está livre."

(Autor Desconhecido)

Grandes Significados




Solidão é uma ilha com saudade de barco.

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança 
para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, 
seu pensamento reapresenta um capítulo.

Pouco é menos da metade.

Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Preocupação é uma cola que não deixa o que 
ainda não aconteceu sair de seu pensamento.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um
pulinho no futuro e volta rápido.

Sucesso é quando você faz o que sempre fez, 
só que todo mundo percebe.

Vergonha é um pano preto que você 
quer pra se cobrir naquela hora.

Ansiedade é quando sempre faltam 
5 minutos para o que quer que seja.

Sentimento é a língua que o coração usa
quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que 
mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante
que aperta seu coração.

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Desilusão é quando anoitece em 
você contra a vontade do dia.

Desculpa é uma frase que 
pretende ser um beijo.

Razão é quando o cuidado aproveita que 
a emoção está dormindo e assume o mandato.

Ainda é quando a vontade
está no meio do caminho.

Paixão é quando, apesar da palavra 
"perigo", o desejo chega e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero... Também não. É um "desaforo"... Uma batelada? Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor não sei explicar.

(Autoria Desconhecida)

domingo, 30 de outubro de 2011

Você escolhe...

Magia no dia-a-dia !!!



Eu sou uma bruxa básica
faço magias do dia a dia
Gosto de fazer travessuras
o meu lema é espalhar a alegria

Pego a vassoura encantada
e saio varrendo as tristezas
queimo tudo no caldeirão
e vou apreciar,da vida,as belezas

Como toda boa bruxa,
eu adoro a natureza.
O verde,as flores e o azul do céu
Com fitas em tons de violeta
eu adorno o meu chapéu.

Meus encantos e sortilégios
são feitos com amor e paz
têm o pó mágico da esperança
quebre este encanto se for capaz!

Tenho muitas irmãs e irmãos
Eu sou parte do universo
Saúdo a todos os bruxos
nas linhas deste meu verso.

Bruxas e bruxos de todos os tempos
Convoco-os ao círculo das mãos
Vamos orar pelo planeta
pedindo a paz,o amor e a união!

(Autora: Tahyane Rangel)

O Oceano




Rola, Oceano profundo
e azul sombrio, rola!
Caminham dez mil frotas
sobre ti, em vão;
de ruínas o homem marca a terra, mas se evola
na praia o seu domínio. Na úmida extensão
só tu causas naufrágios; não, da destruição
feita pelo homem sombra alguma se mantém,
exceto se, gota de chuva, ele também
se afunda a borbulhar com seu gemido,
sem féretro, sem túmulo, desconhecido.

Do passo do há traços em teus caminhos,
nem são presa teus campos.
Ergues-te e o sacodes
de ti; desprezas os poderes tão mesquinhos
que usa para assolar a terra, já que podes
de teu seio atirá-lo aos céus; assim o lanças
tremendo uivando em teus borrifos escarninhos
rumo a seus deuses - nos quais firma as esperanças
de achar um porto angra próxima, talvez -
e o devolves á terra: - jaza aí, de vez.

Os armamentos que fulminam as muralhas
das cidades de pedra - e tremem as nações
ante eles, como os reis em suas capitais - ,
os leviatãs de roble, cujas proporções
levam o seu criador de barro a se apontar
como Senhor do Oceano e árbitro das batalhas,
fundem-se todos nessas ondas tão fatais
para a orgulhosa Armada ou para Trafalgar.

Tuas bordas são reinos, mas o tempo os traga:
Grécia, Roma, Catargo, Assíria,
onde é que estão?
Quando outrora eram livres tu as devastavas,
e tiranos copiaram-te, a partir de então;
manda o estrangeiro em praias rudes ou escravas;
reinos secaram-se em desertos, nesse espaço,
mas tu não mudas, salvo no florear da vaga;
em tua fronte azul o tempo não põe traço;
como és agora, viu-te a aurora da criação.

Tu, espelho glorioso, onde no temporal
reflete sua imagem Deus onipotente;
calmo ou convulso, quando há brisa ou vendaval,
quer a gelar o polo, quer em cima ardente
a ondear sombrio, - tu és sublime e sem final,
cópia da eternidade, trono do Invisível;
os monstros dos abismos nascem do teu lodo;
insondável, sozinho avanças, és terrível.

Amei-te, Oceano! Em meus folguedos juvenis
ir levado em teu peito, como tua espuma,
era um prazer; desde meus tempos infantis
divertir-me com as ondas dava-me alegria;
quando, porém, ao refrescar-se o mar, alguma
de tuas vagas de causar pavor se erguia,
sendo eu teu filho esse pavor me seduzia
e era agradável: nessas ondas eu confiava
e, como agora, a tua juba eu alisava.
(Autor:  Lord Byron - George Gordon Byron)

Conto de Fadas


Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o ungüento
Como que sarei a minha própria dor.

Trago no nome as letras duma flor...
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintar o vento...

Dou-te o que tenho: o astro que dormita,
O manto dos crepúsculos da tarde,
O sol que é de oiro, a onda que palpita.

Dou-te, comigo, o mundo que Deus fez!
- Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A princesa do conto: "Era uma vez..."

(Autora: Florbela Espanca)