UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Oração de Ano Novo!


À minha mesa, com tremor nos lábios, feita estava a lição.

"Querido Mestre, dá-me outra folha nova, nesta só fiz borrão."

No lugar da primeira tão suja, tão manchada, deu-me outra limpa, imaculada.

E em Seus olhos tristes eu vi um novo brilho,

"Faça agora melhor, com mais cuidado meu filho" - disse o Mestre.

Com coração temente a Deus vi passar o velho ano.

Erros, pecados, negligência e maldade.

Perdoados e esquecidos pela Sua grande bondade.

"Meu filho querido faça um novo propósito

Venha andar comigo cada dia do novo ano!"


(Autor Desconhecido)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

10 things I hate about you - 10 coisas que eu odeio em você - William Shakespeare

10 things I hate about you - 10 coisas que eu odeio em você

I hate the way you talk to me,
Odeio o modo como fala comigo,
and the way you cut your hair.
e seu cabelo sem corte.
I hate the way you drive my car,
Odeio como dirige meu carro e
I hate it when you stare.
Odeio quando fica me olhando.
I hate your big dumb combat boats,
Odeio suas enormes botas de combate
and the way you read my mind.
e como consegue ler a minha mente.
I hate you so much, that it makes me sick,
Te odeio tanto que até me sinto mal
And even makes me rhime.
E ainda me leva a fazer rimas.
I hate the always right.
Odeio como está sempre certo e
I hate it when you lie.
Odeio quando você mente.
I hate it when you make me laugh,
Odeio quando me faz rir muito,
even worse when you make me cry.
e mais ainda quando me faz chorar.
I hate it when you not around,
Odeio quando não está por perto,
and the fact that you didn't call.
e o fato de não me ligar.
But mostly I hate the way I don't hate you,
Mas mais que tudo, odeio não conseguir te odiar,
Not even close,
Nem de perto,
Not even a little bit,
Nem mesmo um pouquinho,
Not even at all.
Nem mesmo só por te odiar.

(Traduzido por Profa. Bárbara de Fátima)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Recipe for a Happy New Year (Unknown Author) - Receita para um Feliz Ano Novo (Autor Desconhecido)

Recipe for a Happy New year – Receita para um Feliz Ano Novo

To leave the old with a burst of song

Para deixar o ano velho com uma explosão de música
To recall the right and forgive the wrong;
Para recordar o direito a perdoar e errado
To forget the thing that binds you fast
Para esquecer o que apressa você
To the vain regrets of the year that's past;
Para os arrependimentos tolos do ano passado;
To have the strength to let go your hold
Para ter a força para deixar ir o tenta reter
Of the not worthwhile of the days grown old,
Do o que valeu a pena para os dias de crescimento,
To dare to go forth with a purpose true,
Para se atrever a seguir em frente com um objetivo real,
To the unknown task of the year that's new;
Para a tarefa desconhecida do ano novo;
To help your brother along the road

Para ajudar seu irmão ao longo da estrada
To do his work and lift his load;
Para fazer seu trabalho e estimular o seu próximo;
To add your gift to the world's good cheer,
Adicione o seu dom para o mundo com alegria,
Is to have and to give a Happy New Year.

É ter e proporcionar um Feliz Ano Novo.

(Traduzido por Profa. Bárbara de Fátima)

Mensagem de Final de Ano - AS QUATRO VELAS

Quatro velas estavam queimando ruidosamente, calmamente.
O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam:

A primeira vela disse:
- Eu sou a Paz !
Apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar.E diminuindo devagarzinho, apagou totalmente.

A segunda vela disse:
- Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua.
As pessoas não querem saber de mim.Não faz sentido continuar queimando.Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o Amor! Não tenho mais forças para queimar.
As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam. E sem esperar apagou-se.

De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas.

- Que é isto? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim.
Dizendo isso começou a chorar.

Então a quarta vela falou:
- Não tenha medo criança. Enquanto eu queimar, podemos acender as outras velas. Eu sou a Esperança.

A criança com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava e acendeu todas as outras...

ESPERO QUE A VELA DA ESPERANÇA NUNCA SE APAGUE DENTRO DE VOCÊS.
Tenham um ótimo Natal e um maravilhoso Ano Novo!

(Autor Desconhecido)

Significado das Cores - Feliz Ano Novo!

Qual cor devo usar no Reveillon?

Uma das superstições mais comuns em todo o mundo é a roupa que você deve vestir na passagem do ano. Já que um novo ano está nascendo com mil e uma coisas para serem feitas e descobertas, nada mais natural que o clima de renovação se reflita também em suas roupas que devem ser novas. Se o dinheiro estiver curto, roupas íntimas já dão conta do recado.

No Brasil, a cor mais usada é a branca, devido à forte influência da cultura e da religião africana, que acredita que esta cor traz boas vibrações.

Outra cor muito usada por aqui é a rosa, que também significa paz e amor. Calcinhas cor-de-rosa são as mais cotadas entre as solteiras que estão à procura de um par.

Apesar disso, o significado das cores varia a cada país, região, cultura, etc. Por isso, consulte nossa tabela de cores e escolha a que mais se identifica com os objetivos que pretende alcançar em 2009.

Branco
Vista-se de branco para ter um ano repleto de paz, verdade, sabedoria e calma. O branco repele as energias negativas e eleva as vibrações. Estimula a memória e gerencia o equilíbrio interior.

Amarelo
Utilize esta cor para ter dinheiro e riqueza e sabedoria durante todo o ano. Esta cor ajuda também a estimular a intuição.

Rosa
O rosa é o resultado da mistura do vermelho e do branco. Da mesma maneira é seu significado. Para obter felicidade no amor, pureza e beleza durante 2009, vista-se desta cor que ajuda também a afastar as energias negativas.

Vermelho
Para ter 12 meses de muita paixão, força e energia, ao menos pinte as unhas com esta cor. Isso já vai garantir um ótimo resultado.

Azul
A cor do céu e do mar traz paz de espírito e segurança. Tranqüilidade, harmonia e saúde, também são provenientes desta cor.

Verde
O verde é a cor mais harmoniosa de todas. Representa as energias da natureza, esperança, equilíbrio e recomeço. Renova as energias trazendo vida nova junto ao novo ano.

Laranja
Atrai sucesso monetário. Ajuda nas conquistas pessoais e profissionais. Se você está aguardando aquela promoção, ou mesmo está procurando um emprego, encontrou a cor certa.

Violeta
A cor violeta traz junto com o novo ano inspiração, imaginação e estabilidade. Esta cor também eleva a auto-estima e ajuda a manter o foco de um objetivo.

(Autor Desconhecido)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Estertor sob a poeira - Bárbara de Fátima

...onde a própria alma humana se assemelha a uma flor em desespero.
Jornal O GLOBO (05.03.1935)

É impressionante como o escritor Orris Barbosa descreveu as taxas estatísticas concernentes às produções dos estados nordestinos, e, no entanto, fez uso de um lirismo que envolveu as suas descrições manifestadas na simplicidade de um passeio de carro através de imagens compostas em sua memória, onde a poesia dessas imagens é uma realidade concreta, palpável:

...sem contar do homem do campo que se converterá em operário mecânico na esperança de poder, algum dia, cultivar melhor a terra rejuvenescida pela máquina. (p.18)

Algumas passagens são tidas como essencialmente antagônicas e a expressão poética do autor flui gradativa e originalmente:
...e no inverno, vive entre a miséria e a abundância (p.36)
...a miséria súbita e a fortuna inesperada (p.36)
...do extremo da aridez ao extremo da florescência... (p.36)
Como pode frutificar a liberdade se a terra se encontra escravizada? (p.37)
A sua voz enchia a praça João Pessoa, rasgante e sonora (p.43)
...tudo de mistura com homens, mulheres e meninos mal ajeitados entre a carga, exaustos, mas satisfeitos. (p.97)
O tema da seca é um desafio para, qualquer escritor. É um símbolo de exploração que embola o Nordeste há muito tempo, traduzindo o grito sofrido num canto sem voz. A transcrição do autor foi bem elaborada e, por vezes, deslumbra a exaustidão dos caminhos percorridos:

Mas a seca – eis o seu aspecto positivo – é, às vezes, um dos instrumentos da graça e da assistência divinas. [...] Mas o seco tem também o seu lado negativo, aquele que diz respeito, não ao fogo das alturas, mas à terra; ele é, então símbolo de esterilidade. Estéril é aquele que busca os consolos terrestres, ao invés de abandonar-se ao fogo ardente das alturas.
(Dicionário de Símbolos, 1982, p. 807-8)

As metáforas valorizam o regional, onde o autor explora os motivos típicos de sua terra, exprimindo em numerosas referências os substantivos determinantes que adjetivam muitas vezes a padronização da estiagem:
...leito sereno do rio Sanhauá (p.49)
...com as portas do coração trancadas pela fome ... (p.45)
...empreendidas no delírio da fome sobre a terra calcinada (p.47)
O sol, esbraseando nos campos proletários... (p.69)
...formigando laboriosamente nas bocas escancaradas das serras... (p.69)
...a poeira humana... (p.100)
...tal a brutalidade monótona da natureza que se despiu de folhagens para vestir-se de pedras... (p.102)
...os algodoais sorriem pelos capulhos alvos... (p.102)
...caatinga sertaneja esbraveja no silêncio das coisas – uma vegetação heróica que luta com a aridez dominante, insinuando-se, atormentada, a rasgar a epiderme granítica da terra para poder viver (p. 103)
...o homem de bronze... (p.105)
A boca da noite, começa a soprar uma brisa leve... (p.108)
Ao longe, uma voz vadia e sonora enche de lirismo a noite quieta e fresca (p.109)
...com o beiço inferior virado num riso amargo (p.110)
...no claro azul de aço do céu (p.110)
Observamos que o campo de investigação é imenso, o qual ele explora até que o tom sarcástico e irônico se faz presente:
É o heroísmo da fuga. (p.45)
Com honestidade! Está aí, simplesmente sendo honestos! (p.59)
E é bem triste e chocante que no Nordeste, na terra das secas, seja apontado como uma das causas da miséria, o excesso da água... (p.89)
Morre-se, mas é de barriga cheia... (p.107)

A seca é a consubstanciação da maldade que o Nordeste representa. A seca é bem explorada através da ótica de uma perspectiva objetiva, onde os exageros evocam de maneira uníssona e a linguagem, se faz igualmente paradigmática na fuga do homem, e sua incessante busca por um braço de terra, onde possa viver e deixar viver:
...e os negócios se desenvolveram desmedidamente (p.16)
...revestem-se de verdura estonteante às primeiras chuvas... (p.36)
...no estilo dos pregadores católicos italianos, de braços abertos e palavras jorrantes como uma fonte perpétua de sílabas. (p.43)
...sob o céu sinistramente azul... (p.45)
...na marcha como síntese mecânica de mil braços de trabalhadores especializados que o construíram em poucos minutos... (p.91)
...tal a luminosidade interna do sol a pino (p.93)
...no vozear atordoante do oceano de interesses (p.96)
Não observamos em nenhum momento uma exaltação aos políticos e a seus programas contra a seca do Nordeste, em especial a de 32, por parte do autor. O que freqüentemente encontramos é a solidariedade para com o homem do campo, enfraquecido pela fome e pelas promessas de dias melhores. O que se vê, é o desamparo e a situação de indefesa na qual foram colocadas as famílias, principalmente as mulheres e crianças.
É de estarrecer a tragédia da infância sertaneja, subitamente atirada a si mesma durante a seca e incorporada à fila dos adultos inermes. Na multidão esquelética de pedintes andrajosos e nauseabundos, a infância, desde o menino de peito até o púbere, começa o aprendizado de uma existência brutal, entristecida na fase da vida em que a alegria é instintiva. (BARBOSA, 1998, p.5-6)

A seca é, por definição, uma elegia ao sofrimento. É também a agonia do esquecimento. Mudam os cenários, apenas como disfarce característico e que se identificam, aqui e ali, nas múltiplas passagens. A cobrança de soluções é insistentemente invocada. É uma materialização progressiva e alarmante do mal que não se pode esconder. A seca está em toda parte, do litoral ao alto sertão, agindo em arrebatado estado de solilóquio, de monólogo. A sua presença é poética para alguns, porém, satírica e incômoda para outros. É assim que a seca demonstra a sua condição de decaída, de fraca e de impotente. Desse momento de crise, é que deveria ocorrer a dissipação de sua presença no Nordeste. Mas não, a seca é o símbolo de exploração dos fortes, dos poderosos. E Barbosa (1998) expressa de forma soberana, a condição do homem sertanejo fazendo-se participar de sua submissão, que demonstra a humildade dos seus sentimentos, que como argila, vão se amoldando de acordo com as promessas e as novas situações.

(Artigo publicado In: MELLO, José Octávio de Arruda (org.). Ideologia e Espaço em Orris Barbosa. Mossoró (RN): Fundação Vingt-Un Rosado, 1999. p.53-57.)

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Fotos da Colação de Grau - Direito/IESP/2008

Fotos tiradas no dia 23 de Dezembro de 2008 no período das 20:00 às 21:30hs. Local: Auditório Cidade Viva. Colação de Grau como cumprimento parcial para a Conclusão do Curso de Direito. Aluna: Eduarda Rafaela Alves Oliveira da Costa.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Fotos da Apresentação da Monografia - Direito/IESP/2008

Fotos tiradas no dia 18 de Dezembro de 2008 no período das 11:00 às 11:30hs. Local: IESP/Bloco do Curso de Direito. Apresentação da Monografia como cumprimento parcial para a Conclusão do Curso de Direito. Aluna: Eduarda Rafaela Alves Oliveira da Costa.