Vou te dizer: ainda te amo.
Com o silêncio dos versos e poesia.
Que em minha alma irradia.
E transforma minha paixão em ousadia.
Certas rimas escolhidas e escritas.
Na sombra de um ser ultrajado.
Percebo o quanto teria realizado.
Se pudesse deixar de ser reclusa.
Continuo apaixonada e ouso falar.
Quero voltar no tempo e clamar.
Pedir, suplicar.
O nosso amor não morreu.
Vai correndo o mundo quebrando os grilhões.
Do aprisionamento onde você o colocou.
Vou te dizer: ainda te amo.
UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
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