UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mistério - Bárbara de Fátima

Olhe prá mim.
Esqueci o meu redor.
Estou aqui dizendo sim.
Tenho guardado todos os carinhos para dar comovida a você.
Alguém como você personifica o meu oculto ser,
preenchido por seu amor.
Sem você o amor perde o feitiço.
O devaneio inacabável, o viço.
Tenho todos os matizes para agradar aquele que mais amo.
Olhe prá si.
Esqueça o seu redor.
Estais aqui dizendo sim.
Pressinta a emoção, onde o mistério é vida e sentimento,
através do teu pensamento.
Encantamento.

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