UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Bom Final de Semana!


Pessoas especiais...


Felicidade é...


Feliz Sexta-Feira!


Bom Dia!


Quaresma, tempo de conversão

Chama-se Quaresma os 40 dias de jejum e penitência que precedem à festa da Páscoa. Essa preparação existe desde o tempo dos Apóstolos, que limitaram sua duração a 40 dias , em memória do jejum de Jesus Cristo no deserto. Durante esse tempo a Igreja veste seus ministros com paramentos de cor roxa e suprime os cânticos de alegria: O "Glória", o "Aleluia" e o "Te Deum".
Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa.
O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Nesse tempo santo, a Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade.
Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa.
Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo.

Por que a cor roxa?

A cor litúrgica deste tempo é o roxo que simboliza a penitência e a contrição. Usa-se no tempo da Quaresma e do Advento.
Nesta época do ano, os campos se enfeitam de flores roxas e róseas das quaresmeiras. Antigamente, era costume cobrir também de roxo as imagens nas igrejas. Na nossa cultura, o roxo lembra tristeza e dor. Isto porque na Quaresma celebramos a Paixão de Cristo: na Via-sacra contemplamos Jesus a caminho do Calvário

Qual o significado destes 40 dias?

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

O Jejum

A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função. Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa.
Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.
O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.

Qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e a Quaresma?

A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das injustiças sociais.
Desta forma, a Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à Páscoa do Senhor.

Quais são os rituais e tradições associados com este tempo?

As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da semana santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento.
Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira Santa, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a Eucaristia, a entrega de Jesus e portanto, o resgate dos pecadores.
Depois, vem a missa da Sexta-feira da paixão, também conhecida como Sexta-feira Santa, que celebra a morte do Senhor, às 15h00. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus.
No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no Domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.

(Fonte: CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)

Quaresma: um tempo de desapegos

O apego às coisas materiais, naturalmente, evidencia os desejos dos homens por posses e domínio sobre os semelhantes, e, consequentemente, prova as imperfeições imprimindo o gosto amargo do egoísmo que passa a tomar conta do coração humano.

Os apegos ou apetites, como observa o místico São João da Cruz, cansam, atormentam, obscurecem, mancham e enfraquecem a alma.

Para deixar esta imperfeição e deformidade, o desapego aos bens temporais – proposta pelo santo em questão – que parece-me, num primeiro olhar, algo impossível, de outro mundo, é alternativa interessante para poder alcançar um bem maior: a riqueza de que o homem pode usufruir é a saúde da alma e do espírito, pois estando em Deus está bem, e tendo em conta que – estando bem – propiciará a estabilidade corporal, isto é, a saúde do corpo.

Quando há desprendimento do culto a si mesmo e das coisas, do ativismo da sociedade idólatra, da qual somos parte, da celeridade do mundo, do mercado que visa lucro e vantagens, que alimenta a compulsão por compras e aquisições megalômanas, além do individualismo e do sucesso a qualquer preço, há chances de encontrar a estrada para a paz verdadeira e uma vida plena de sentido, livre das arbitrariedades que os apegos imputam sobre todos, indistintamente.

Trata-se de uma via estreita e árida – com muitas oscilações – que exige entrega e abandono à tutela do Criador.

Ao iniciar a vereda espiritual em busca da humildade e plenitude da alma, o homem precisa da graça e da misericórdia do Céu ara não desistir de se levantar toda vez que tropeçar na raiz do orgulho – vício dominante na natureza humana.

Para cumprir o exigente percurso, recomenda-se entendimento da essência, das fraquezas a que todos estão sujeitos, e compreensão das consequências provocadas por caprichos – quereres, desejos e vontade – a fim de que os exercícios espirituais durante a Quaresma possam, de fato, pelo esforço e empenho, levar aquele que os pratica a renunciar ao "homem velho", para revestir-se do Novo.

Que este seja mesmo um período profícuo para as devidas reflexões e restauração da alma, do espírito e do corpo!

(Fonte: afeexplicada.com)

quarta-feira, 25 de março de 2015

Tu estás comigo

Na verdade,
na verdade, Senhor,
tu estás comigo.
Os teus ensinamentos,
as tuas admoestações me consolam.
Na presença dos meus adversários,
na presença dos meus amigos,
na presença dos meus amores,
bondade e misericórdia certamente me seguirão,
todos os dias da minha vida.
É por isso, e por muito mais,
que habito na casa do Senhor.
Agora e por toda a eternidade.

(Autor: Wanderlino Arruda)

Confie em si mesmo!

Confie em si mesmo e dê 
novo rumo à sua vida.
É duro viver sem sorrir,
esperar o pior, imaginar a doença.
Seja otimista mesmo na maré baixa.
O otimista, quando perde o emprego,
a namorada, ou enfrenta um problema,
pensa logo:
"ARRANJAREI OUTRO EMPREGO,
ENCONTRAREI OUTRA NAMORADA,
ESTE PROBLEMA NÃO É NADA PARA MIM..."
O otimista sempre resiste
e vai em frente.
Qualquer problema, visto com temor,
se agiganta, assume grandes proporções,
machuca, perturba,
mas esmorece e some,
se encarado com coragem.
Queira ser feliz e será.
Quem procura ser melhor,
encontra o rumo da felicidade.

(Autor Desconhecido)

Trecho do livro O Dia do Coringa

Na praia uma criança constrói um castelo de areia. Por um momento, contempla admirada a sua obra. Depois destrói tudo e constrói um outro castelo. Da mesma forma, o tempo permite que o globo terrestre realize seus experimentos. Aqui nesta praça se escreveu a história do mundo; aqui os acontecimentos foram gravados na memória das pessoas, e depois novamente apagados. Na Terra, a vida pulsa de forma desordenada, até que um belo dia nós somos modelados... com o mesmo e frágil material de nossos antepassados. O sopro do tempo nos perpassa, nos carrega e se incorpora a nós. Depois se desprende de nós e nos deixa cair. Somos arrebatados como num passe de mágica e depois novamente abandonados. Sempre há alguma coisa fermentando, à espera de tomar nosso lugar. Isso porque não temos um solo firme sob os nossos pés. Não temos sequer areia sob nossos pés. Nós somos areia.

(Autor: Jostein Gaarder)