UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sábado, 31 de outubro de 2009

Oração da Tríplice Deusa (Oração dos círculos pagãos)






"Cada vez que oramos para a Deusa, para mais perto de nós a trazemos, e quanto mais ela se aproxima, mais descobrimos que, na verdade, ela nunca esteve em outro lugar".

ORAÇÃO:
A Deusa em mim habita em suas três diferentes formas.
Quando a Lua cresce no céu, sou Ártemis dos bosques.
Busco os caminhos virgens e neles mostro a minha força em cada ramo.
Sou Ártemis quando busco os montes e anseio por novos rumos, quando repudio os limites e não existe o medo.
Sou Ártemis quando me lanço sem amparo do cume feito de todas as pedras, que tentam, inúteis, bloquear meus atos deliciosamente insanos.

Quando no céu a Lua é cheia, sou Deméter de coração nos olhos.
Busco o amor imensurável e ofereço aquele que habita em meus infinitos braços.
Sou Deméter quando procuro meu filho em cada ser. Quando quero ser Ave Mãe e ninho em um só tempo.
Sou Deméter quando meu colo se torna porto e suplica dolorosamente pelo lançar âncoras de todas as embarcações.
Assim sou Deméter.

Quando a Lua míngua, sou Hécate de toda a escuridão.
Busco a linguagem da alma e descubro ser eu mesma tudo aquilo que me ameaça.
Sou Hécate quando a solidão importa e quando o fim torna-se causa e razão.
Sou Hécate quando penso na morte e encontro o que sou antes de tornar-me outra.
Assim sou Hécate.

E assim, a Deusa habita em mim, em suas três diferentes formas.

(Autor Desconhecido)

Vamos festejar o HALLOWEEN?




Halloween, comemorado no dia 31 de outubro de todos os anos, tem sua origem com os celtas, antigos povoadores da Europa Oriental, Ocidental e Ásia Menor. Entre eles habitavam os druidas (magos), adoradores do carvalho e do visco. A noite de Halloween era muito importante, porque era considerada véspera de Ano Novo. Na ilha de Man, um dos redutos em que a língua e folclore celtas resistiram ao sítio dos invasores saxões, o 1 de novembro (calendário antigo), era considerado como o dia do Ano Novo, até épocas recentes. Assim, os mascarados de Man costumavam sair às ruas nesta festividade, cantando na linguagem de Man, uma espécie de canção de Hogmanay (ANO NOVO) que começava assim:

- "Hoje é dia de Ano Novo, Hogunnaa!"

Não só entre os celtas, mas também por toda a Europa, o Halloween, a noite que marca a transição do outono para o inverno, parece ter sido, antigamente, a época do ano em que as almas dos mortos revisitavam seus velhos lares para se aquecerem junto ao fogo e se reconfortarem com as homenagens que lhes eram prestadas, na cozinha e na sala, pelos afetuosos parentes. Talvez fosse natural ocorrer-lhes que a aproximação do inverno trazia as pobres almas famintas e trêmulas dos campos nus e das florestas sem folhas para o abrigo das casas e o calor de suas lareiras familiares.

Mas não eram apenas as almas dos mortos que deviam pairar, invisíveis, no dia "em que o outono ao inverno entrega o pálido ano". As bruxas estão esmeravam-se em seus atos malignos, algumas cruzando os ares em suas vassouras, outras galopando pelas estradas montadas em gatos pretos que, naquela noite, se transformavam em cavalos negros como carvão. Também as fadas andavam soltas e duendes de todos os tipos vagavam livremente.

Nas regiões celtas, o Halloween parece ter sido a grande época do ano para se prever o futuro. Todos os tipos de advinhações eram postos em prática naquela noite. Lemos que Dathi, rei da Irlanda no século V, estando no monte dos Druidas (Cnoc-nan-druad), no condado de Sligo, durante a festa de Halloween, mandou que seu druida lhe previsse o futuro, entre aquele dia e o próximo ano. O druida passou a noite no alto de uma colina e, na manhã seguinte, fez a previsão ao rei que se tornou realidade. No País de Gales a festa do Halloween era a mais estranha de todas as "Teir Nos Ysbrydion", ou "Três Noites dos Espíritos", quando o vento, "soprando sobre os pés dos cadáveres", levava suspiros às casas dos que deviam morrer naquele ano. Acreditava-se que, se, naquela noite, alguém saísse até uma encruzilhada e escutasse o vento, ficaria sabendo das coisas mais importantes que deveriam acontecer nos próximos doze meses.

Mas Halloween é conhecido também, pelos pagãos por Samhaim, e embora seja considerado um tempo de morte, é também de renascimento, simbolizado por um raminho no Ritual de Samhaim. É esta a época, em que os véus entre os mundos se tornam tênues e o espaço e o tempo tornam-se fluidos. Esta é a melhor época para estabelecer contado com a Deusa e o Deus.
O Oráculo da Morte é uma prática tradicional em Samhaim. Os participantes tiram a sorte para decidir quem agirá como Oráculo. A pessoa escolhida senta-se em um canto escuro e quieto, responde as perguntas sobre o futuro. A idéia é que a Morte já saiba a resposta.

Um outro costume na noite de Halloween é a Ceia dos Mudos. Uma festa para os espíritos da terra, tais como ancestrais, divindades, fadas e elementares. Os pratos devem estar cheios com alimentos e bebidas e colocados no lado de fora da porta à noite. Três velas vermelhas são colocadas ao redor dos pratos, acesas e deixadas ali para queimar durante a noite. Qualquer alimento ou bebida que sobrar pela manhã é colocado na Terra e oferecido à Deusa.

Para os Druidas Celtas, o espírito de uma pessoa reside na cabeça, daí então o conceito de cabeça sagrada. A lanterna tipo cabeça de abóbora simboliza este conceito. A vela acesa dentro da abóbora representa o espírito vivo ou "awen".

Quando os povos celtas se cristianizaram, nem todos os costumes pagãos foram renunciados. Podemos dizer que o paganismo e o cristianismo se mesclaram. Não há coincidência entre a festa pagã e a festa cristã de Todos os Santos e a dos Finados, que é no dia seguinte.
A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente se celebrava em 13 de maio, mas o Papa Gregório II (741 d.C.), foi quem a trocou esta data para 1 de Novembro, que era o dia da "Dedicação" da Capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro em Roma.

Mais tarde, no ano de 840, o Papa Greogorio VI ordenou que a Festa de "Todos os Santos", deveria ser celebrada universalmente. Como um cerimônial mais amplo, tinha uma celebração vespertina com a "vigília" para preparar a festa (31 de outubro). Esta vigília vespertina do dia anterior a Festa de "Todos os Santos", dentro da cultura inglesa se chamava: "All Hallow's Even" (Vigília de Todos os Santos).

Com o passar do tempo, passou-se a se chamar "All Hallowed Eve", posteriormente trocou para "All Hallow Even" para terminar com a palavra que conhecemos hoje "Halloween". Entretanto já desde do ano 998, San Odilo, abade do Monastério de Cluny, no sul da França, havia acrescentado a celebração de 2 de Novembro, como uma festa para rezar pelas almas dos fiéis que haviam falecido, que foi chamada da Festa dos "Fiéis Mortos", a qual se difundiu na França e depois alcançou toda a Europa.

O dia 31 de outubro, para nós "Dia das Bruxas", ou simplesmente "Halloween", é um feriado nos Estados Unidos que registra um volume de vendas só superado pelas Festas Natalinas. Adultos e crianças chegam a gastar 2.500 dólares em fantasias, doces e acessórios, para comemorar a noite.

As cabeças de abóboras iluminadas, características desta festividade, procedem do folclore irlandês. Segundo uma história bastante difundida, um homem chamado de Jack, conhecido por beberão e baderneiro, logrou o diabo que o perseguia ao subir em uma árvore. Jack esculpiu uma cruz no tronco da árvore e assim, conseguiu livrar-se do demônio. Mas quando Jack morreu, lhe foi negada a entrada no céu, devido a seus maus atos quando esteve vivo. Mas também foi-lhe negado acesso ao inferno pelo que tinha feito a Satanás. O demônio deu-lhe então uma lanterna para que pudesse caminhar entre as sombras. A vela foi colocada dentro de um nabo e assim sua chama permaneceu duradoura.
Os historiadores contam que inicialmente, os irlandeses, utilizavam o nabo como lanternas, simbolizando as almas dos mortos. Ao que parece, quando imigraram para a América, comprovaram que as abóboras eram maiores e mais convenientes para serem utilizadas como lanternas.

Hoje em dia, Halloween é uma festa de "baixinhos" e "grandinhos". Todos assistem aos festivais, se disfarçam e trafegam pelas ruas pedindo doces e caramelos. Há também festas em ambientes controlados como escolas, shopings center, parques de diversões ou festas privadas.

De qualquer maneira, o espírito original de Halloween é o mesmo. É uma festa de terror com tempero de muito bom humor. Todos nós podemos mostrar o nosso aspecto demoníaco brincalhão e desfrutá-lo toda a noite. A população de Salem, em Massachusetts, Estados Unidos, que é a pátria da bruxaria norte-american, celebra a "Festa dos Espantos" na noite de Halloween, uma fórmula magnífica que acharam para estender sua temporada turística de verão.

A Festa de Halloween vem ganhando espaço em terreno brasileiro, muito embora, muitos sejam contra.
Diferente das crianças que adoram brincadeiras, a noite de 31 de outubro para os wiccanos modernos se comemora Samhaim. No Festival de Samhaim, celebrado depois do pôr-do-sol, é tempo de dançarmos em torno da fogueira e enchermos o caldeirão de pedidos para o próximo ano, estilo feiticeiras celtas. É noite de muita animação, principalmente para nós que vivemos no hemisfério sul e estamos próximos do Solstício de Verão. As noites aqui são lindas, enluaradas, cheias de magia e luz, propícias para rituais ao ar livre.

Para mim, esta é a noite mais importante do ano, pois coincidentemente, nasci em 31 de outubro.

Não esqueça de direcionar suas orações para Deusa Mãe Anu pedindo abundância e prosperidade para o próximo ano.

FELIZ HALLOWEEN PARA TODOS NÓS!


(Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto)

Vassoura Mágica das Bruxas



Bruxa sem vassoura não é bruxa de verdade, isso não constitui uma novidade. Bruxas européias foram acusadas de voar em suas vassouras, e isso era considerado uma aliança com "forças demoníacas". Se tal feito fosse possível, seria realmente sobrenatural e, talvez bem demoníaca aos olhos de todos, contrastando com as simples curas e encantos de amor realmente praticado por nós Bruxas. Obviamente, esse mito foi criado pelos perseguidores das Bruxas.

A vassoura é um instrumento de poder da Bruxa utilizada para propósitos de proteção e purificação. Ela serve para varrer todas as energias negativas do espaço ritualístico, para favorecer as visitas dos seres fééricos e das Deusas, assim como para nossa própria proteção, devemos deixar sempre nosso espaço sagrado bem limpo de energias danosas. A vassoura mágica também serve para realizarmos viagens astrais ao reino das fadas. Essa é uma das prováveis explicações para as pessoas acreditassem que as Bruxas voassem em suas vassouras.

Realmente não podemos nos separar dela.

Agora você aprenderá como fazer a sua e torná-la uma ferramenta mágica necessária para a realização de seus rituais.

Material:

1 vassoura feita de madeira e palha
Fitas de 30 cm nas cores branca, vermelha e preta.
3 ramos de tomilho (de 15 cm de comprimento)
3 ramos de lavanda (de 15 cm de comprimento)
3 ramos de sálvia (15 cm de comprimento)
Óleo aromático de cedro

1.Reúna todos os elementos que necessitarás e trace o círculo em torno de teu altar e chame os guardiães feéricos

2.Faça uma trança com as três fitas e em seguida faça um nó em cada extremidade enquanto diz;

"Um, dois, três, que os seres feéricos venham de uma vez".

3. Use a trança de fitas para atar os ramos de tomilho, lavanda e sálvia. Enquanto o fazes, chama os seres feéricos que trabalham com o tomilho, da lavanda e da sálvia para que emprestem sua energia espiritual para proteger seu lar de qualquer mal e de energias não desejadas. Diga:

Seres feéricos do tomilho, peço proteção e bênçãos.
Seres feéricos da lavanda, peço proteção e bênçãos.
Seres feéricos da sálvia, peço proteção e bênçãos.

4. Agora pense em um nome para dar para sua vassoura mágica. Isso lhe dará maior poder. Utilize o óleo de cedro para escrever o nome na vassoura no cabo de madeira com letras, runas ou outros símbolos mágicos. Faça-o três vezes. Cada vez que escrever o nome, diga:

-"Consagro essa vassoura (diga o nome)
aos seres feéricos e protetores..
Que assim seja!

5. Dando prosseguimento, coloca-te no centro do teu Círculo Mágico. Avance no sentido horário usando tua vassoura mágica pra varrer do centro para fora. Isso significa que varrerás um círculo completo, dentre dentro até fora. Cada que fazer para varrer, vá imaginando que a área está sendo limpa de todas as energias não desejadas. Diga:

Bendita seja vassoura mágica,
varre para fora todo o mal, varre para fora todas as energias nocivas,
varre para que saia do círculo, de meu lar e de minha vida.

6. Agora coloca-te no meio do círculo e comece a varrer para dentro toda a energia positiva e protetora. Enquanto o fazes, diga:

Bendita seja vassoura mágica,
varre para dentro o amor, varre para dentro as energias positivas,
varre para dentro a alegria para dentro do círculo, do meu lar e de minha vida.

Deixe tua vassoura mágica do lado esquerdo (lado da Deusa) de teu altar quando não a estiveres usando. Coloque a vassoura sempre apoiada sobre o cabo, com a palha para cima. A vassoura mágica jamais poderá ser usada para varrer a casa, ela só pode fazer parte das atividades mágicas.

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VASSOURAS DE CONFECÇÃO MAIS SIMPLES E NÃO MENOS EFICAZES

Há muitas Bruxas que colecionam vassouras, e sem dúvida há uma variedade de materiais exóticos utilizados em sua confecção.

Se desejar, podes fazer sua própria vassoura mágica utilizando-se de um cabo de freixo, galhos de bétula amarrados com ramos de salgueiro. O freixo é protetivo, a bétula purificante e o salgueiro é sagrado à Deusa.

Você poderá usar qualquer galho para fazer o cabo de sua vassoura, mas ao cortá-lo não esqueça de agradecer a árvore pelo sacrifício.

Nos antigos casamentos escravos na América, assim como as núpcias Ciganas, o casal geralmente pulava ritualmente por sobre uma vassoura para solenizar sua união. Tais casamentos eram comuns até tempos recentes, e ainda hoje os casamentos Wiccanos e pagãos incluem um pulo por sobre uma vassoura.

(Texto pesquisado e desenvolvido por ROSANE VOLPATTO)

A Bruxa e os seus Rituais



CEIA DOS MUDOS

A Ceia dos Mudos é um costume que se realiza para honrar os espíritos da terra, tais como ancestrais, divindades, fadas e elementares.

É muito simples de se realizar, primeiro enche-se um prato com alimentos que deverão ser servidos posteriormente para todos os convidados da festa. Junte ao prato um copo com guaraná ou de mel com água. Tanto o prato como o copo, devem ser colocados após do pôr-do-sol (á noite) do lado de fora da porta de entrada da casa. Se for apartamento, podem ser colocados na área de serviço ou na cozinha.

Três velas vermelhas devem ser dispostas em torno do prato e do copo, acesas e deixadas ali para queimar durante a noite toda.

Qualquer bebida ou comida que sobrar pela manhã devem ser enterradas na Terra e oferecidas à Deusa. As sobras podem ser também colocadas dentro de um vaso de folhagem ou flor.

RITUAL DE ANO NOVO (Roda do Norte)

Antes de realizar esse ritual medite sobre a morte e pense em todos os amigos e parentes que já partiram. Recorde que a morte é só um passo para o início de um novo ciclo, pois a alma nunca morre, ela viaja e vive muitas vezes entre a dimensão física, assim como nos planos lunares e solares, indo por fim reunir-se às estrelas onde reside a comunidade das almas mais elevadas.

Para o ritual necessita-se:

1 caldeirão
pequenos papéis brancos
Óleo de patchuli
Uma vela preta e uma branca
9 Maçãs pequenas

Nos papéis brancos escreva previamente tudo que deseja deixar pra trás (ressentimentos, vícios ou maus hábitos, etc.).

A vela preta deverá ser acesa dentro do caldeirão, depois de ser ungida com óleo de patchuli para honrar os espíritos que nos visitam nessa noite.

Trace o círculo usando o athame começando pelo lado norte, chamando os elementos para cada um dos quatro quartos do círculo, conforme sua correspondência. Vá também soltando as maçãs que ajudarão a delimitá-lo.

Recordando:

NORTE: Elemento TERRA
LESTE: Elemento AR
SUL: Elemento FOGO
OESTE: Elemento ÁGUA

Dependendo das condições geográficas ou climáticas do lugar, tais associações podem variar. Não esquecer que a movimentação dentro do círculo sempre deve obedecer o sentido horário. Somente para se desfazer o círculo caminha-se no sentido anti-horário.

Vá agora, para frente de seu altar, posicionado no centro do círculo, e levantando o athame (vara mágica) diga:

"Nessa noite assinalo tua morte
Amado Deus Sol,
Até as terras do eterno verão,
aguardarei teu regresso.
Também assinalo a morte dos que já foram
e dos que irão depois.
Oh! bendita e Amada Deusa Eterna,
Tu que dá nascimento aos caídos
Guia meus passos na escuridão,
Protege-me e ajuda-me a compreender
Teus mistérios,
Ensina-me que assim como da escuridão
nasce a luz,
O ciclo renasce eterno e para sempre."

Sente-se em frente ao caldeirão, peque os papéis onde escreveste tudo aquilo que desejas libertar-te, leia em voz alta, olhe fixamente para as chamas e diga:

"Sábia da Lua Minguante,

Deusa da Noite Estrelada.

Creio que esse fogo

dentro de teu caldeirão,

Transformará tudo o que está me atormentando.

Que as energias sejam revertidas

Da escuridão à luz! Do mal ao bem!

Da morte ao nascimento!

Queime os papéis no fogo da vela preta e deixe as cinzas dentro do caldeirão. Imagine que ao queimarem-se, todo o mal diminui, desaparecendo por completo ao ser consumido pelos fogos universais.

Ainda sentada (o) visualize como tudo aquilo que te atormentava foi queimado junto com o papel que deixaste dentro do caldeirão. Sinta-se renovada (o) e abençoada (o) pela Deusa. As cinzas e os restos de velas enterre no dia seguinte.

Agora pegue a vela branca que deverá ser ungida com o óleo de patchuli. Recorde a maneira certa de ungir uma vela é sempre do centro para os extremos. Enquanto faz isso, diga:

"Eu consagro essa vela, para que dê luz aos espíritos que nos visitam nessa noite".

Coloque a vela dentro de uma abóbora e acenda com palito de fósforo enquanto diz:

"Com essa vela e com sua luz, dou boas vindas aos espíritos nesta noite de Halloween".

Depois coloque a abóbora com a vela perto de uma janela e deixa-a arder toda a noite até que se consuma. A vela acesa dentro da abóbora representa o espírito vivo ou "awen".

Depois pode usar qualquer método adivinhatório (tarot, pêndulo, bola de cristal, etc.)

Terminada a adivinhação é hora de prosseguir o banquete, dedicando toda a comida aos que já partiram:

"Ofereço essa comida em honra aos meus ancestrais. Sua memória perdura, e suas esperanças vivem em mim. Benditos foram em sua existência e benditos são nas Terras do Eterno Verão".

Procure deixar parte da comida para as almas dos mortos. Depois de tudo, agradeça a Deusa Mãe, ao Deus Pai e aos elementos por sua presença. Dê o ritual por finalizado.

Para concluir, desejo a todos um Novo Ano pleno de mistérios, de maravilhas e de novas explorações.

Que a Deusa abençoe todos nós!


(Texto pesquisado e desenvolvidopor ROSANE VOLPATTO)

31 de Outubro - Dia das Bruxas!



quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Oração das Bruxas!


Senhor!

Sei que desde todos os tempos me perdoaste, perdoas e perdoarás, além do próprio tempo... porque És Divino, o Filho do Pai, o Deus menino. Por isso, peço-te, Senhor, com todo meu sangue e todo meu coração, toma conta de mim, do meu Destino, da minha Bruxaria, da minha Magia... Sei que sou feiticeira e que assim será a vida inteira. Sina? Talvez! Escolha? Com certeza! Mas não tenho tido só alegria! Às vezes, sinto tanta tristeza... Sobre nós, as bruxas, há tantas lendas, tantas histórias... Nós, porém, temos lembranças amargas, tristes memórias... Nossas irmãs injustiçadas, apenas porque eram bruxas e não fadas, vivas foram queimadas.
A FOGUEIRA DA NOSSA TRADIÇÃO ainda hoje sobe ao céu, às vezes cantando, às vezes chorando; mas sempre buscando a Luz da Sabedoria, o Fogo do Amor de Deus, a Força e a Paz Universal. O fogo da Nossa Fogueira é o nosso pedido de socorro! Nosso grito pela ajuda do Infinito! Se em nosso caldeirão nem sempre há ervas e mel, a culpa não é só nossa, mas de toda Humanidade que como nós, muita vez desconhece a Verdade, querendo o Mal, julgando ser Bondade.

Senhor, tem piedade de mim, intercede a Deus por mim! Que eu tenha perfeito o dom da clarividência para não ser também queimada viva pela Santa Inquisição DA MINHA CONSCIÊNCIA, nem seja triturada pela máquina DA MINHA IGNORÂNCIA ou DA MINHA INCONSEQÜÊNCIA.
Que eu tenha, enfim, os dons aprimorados, os talentos multiplicados para saber sempre distinguir o Bem do Mal. Assim, meu bastão será sempre como um pedaço do tronco de alguma árvore sagrada, minha luz, clara como a Luz da Alvorada e alguma estrela será meu punhal. Jesus amado, fica do meu lado! Quero seguir os passos teus.
E eu que aprendi todos os mistérios, mas não conheço os MISTÉRIOS DE DEUS, quero cantá-lo, louvá-lo, glorificá-lo, adorá-lo! Simples, exata, profundamente. Divino Mestre! Faze que eu não me afaste da esotérica feitiçaria; que minha Magia seja alquímica como aquela do Graal, aquela Celestial que espalhaste na Terra e transborda no Universo... E de tão Grande, de tão Pura, de tão Divina e Encantada, não cabe no meu verso; mas cabe em mim, porque sou ESPÍRITO IMORTAL, UM UNIVERSO DENTRO DO UNIVERSO, que tive começo e não terei fim.

Deus-Pai, Deus-Filho, Deus-Espírito Santo! "Misericórdia quero!" SERVIR QUERO! AMAR... quero para sempre!

(Autor Desconhecido)