não mexo no que ela escreve.
Esse é o modo de não haver defasagem entre o instante e eu:
ajo no âmago do próprio instante.
Mas de qualquer modo há alguma defasagem.
Começa assim: como o amor impede a morte,
e não sei o que estou querendo dizer com isto (…)
Você tornou-se um eu (…)
Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois?
(…) Tais momentos são meu segredo.
Que estou fazendo ao te escrever?
Estou tentando fotografar o perfume (…)
Para te escrever eu antes me perfumo toda (…).
(Autora: Clarice Lispector)
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