UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Observa



Observa a chuva para molhar o teu deserto.
Sente o silêncio para ouvir a voz da intuição.
Observa o sol para iluminar teu ser.
Sobe nas árvores para ter a visão dos frutos.
Corre pelos vales para fluir com os rios.
Dança ao anoitecer para amar com os teus dias.
Sente tua raiva para expandir com tua alegria.
Olha com os olhos da águia e sente com a pureza do colibri.
Aprende o que é de ti, para dar aos que são iguais a ti.
Sente tuas tempestades para descobrir o cheiro doce da tua calmaria.
Observando, tu aprendes... que tudo tem uma razão de ser...

(Autor Desconhecido)

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