UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O sopro do Anjo

Por trás daquela janela,
Existe uma luz,
Ela sempre observa essa luz, que se move como o vento
Porém essa luz é diferente, ela tem todas as cores,
Como aquarela.
Essas colorem como mágica, irradiam e fortalecem.
Assim ela se faz, uma luz única.
Ela olha para a janela
Ela sempre a-ajuda a tornar seus sonhos reais,
E também te ajuda na verdade.
Diminui dia a dia uma dor oculta,que é sempre presente.
Ela sempre, se aproxima, e encontra a força que precisa.
E a força volta a fazer moradia.
Ela olhou,
Sorriu,
Viu o imperceptível aos olhos,
O bem que transborda em seu ser.
Tudo por uma janela.
Ela voltou acreditar em sonhos.
Descobriu que a dor, essa mesmo,
já não é eterna passa, fica pequena.
Soprou agora mesmo, pela janela uma nova cor,
e tudo muda novamente,
Ajudando ela a colorir e voltar a sorrir.
É assim sempre, se necessário com suas próprias mãos, 
fica colorindo...
Ela amparou, carregou.
Olhou pela janela, e a vê sorrir.
E com suspiro suave, descansa.
Renasce, reiventa, e protege, e é sempre assim.
Como a presença de um Anjo, ela olhou pela janela, e soprou!

(Autora: Cristiane Ribeiro Alves)

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