UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

05 de Agosto - Dia de Nossa Senhora das Neves



 Etimologia

No ano da fundação do Estado e do município, no 5 de agosto de 1585, a padroeira, Nossa Senhora das Neves, foi a homenageada, dando o primeiro nome ao município, "Povoação de Nossa Senhora das Neves", variando para Cidade de Nossa Senhora das Neves em 1589 e Cidade de Filipeia de Nossa Senhora das Neves em 1600, em homenagem ao rei Felipe da Espanha.
Logo após a sua conquista pelo os Países Baixos a cidade passou a se chamar Frederikstadt, a partir de 1635. Depois do declínio da Nova Holanda e com a saída dos Neerlandeses, a cidade retoma o nome de Cidade de Nossa Senhora das Neves em 1655.
Depois passando para Cidade da Paraíba em 1817. No dia 26 de Julho de 1930, o Presidente da Província, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, é assassinado no Recife. Com isso, atendendo ao apelo do povo, a cidade passa a se chamar Cidade de João Pessoa.
História

Foi fundada em 5 de agosto de 1585 com o nome de Nossa Senhora das Neves, a santa do dia em que foi firmada a aliança com os Tabajara (5 de agosto - depois da aliança com os Tabajara, demorou ainda 3 meses para ser fundada). João Pessoa já nasceu com o status de cidade, jamais vivendo a condição de vila, porque fundada pela cúpula da Fazenda Real numa Capitania Real da Coroa Portuguesa.
Com o passar do tempo, foi recebendo várias denominações. Filipeia de Nossa Senhora das Neves, em 1588, homenageando o rei Filipe II de Espanha, quando da União Ibérica, período em que o Reino de Portugal foi incorporado à coroa espanhola. Durante a ocupação holandesa, entre 1634 e 1654, designou-se Frederikstadt (Cidade de Frederico ou Frederica), em homenagem a Frederico-Henrique, príncipe de Orange.
Com a reconquista portuguesa, passou a chamar-se Cidade da Parahyba. Por conta de uma visita de D. Pedro II do Brasil à cidade em fins de 1859, recebeu provisoriamente o título de Imperial Cidade.
Sua denominação atual, João Pessoa, é uma homenagem ao político paraibano João Pessoa, assassinado em 1930 na cidade do Recife, quando era presidente do estado e concorria, como candidato a vice-presidente, na chapa de Getúlio Vargas. O fato causou grande comoção popular, sendo praticamente o estopim da Revolução de 30, embora se discuta se realmente houve motivação política no ato, que foi executado por João Duarte Dantas, cujo escritório fora invadido por tropas governamentais, tendo sido suas cartas amorosas à professora Anayde Beiriz trazidas a público.
A Assembleia Legislativa Estadual aprovou a mudança do nome da capital em 4 de setembro de 1930. Há algum tempo, cidadãos pessoenses discutem a possibilidade de rever a homenagem e substituir o nome de João Pessoa por outro, entre os quais, figuram "Paraíba", "Filipéia" e "Cabo Branco", sendo que alguns movimentos até manifestam apoio à ideia de um plebiscito para tal nomenclatura ou uma consulta popular, como faz atualmente o Coletivo Cultural Anayde Beiriz, projeto em andamento do Movimento Paraíba Capital Parahyba; entre outros argumentos, alega-se que a mudança de nome (assim como a alteração da bandeira estadual), em 1930, foi realizada em um momento de comoção e de instabilidade social, quando vários adversários políticos do grupo de João Pessoa foram presos e mortos. Acrescenta-se ainda que não há consenso sobre as virtudes de pessoa e de gestor público as quais confeririam o mérito ao ex-presidente da Paraíba (na época, denominação para o cargo de governador) para tal homenagem. De outra parte, os defensores da manutenção do nome argumentam que João Pessoa foi político exemplar e combateu o coronelismo e as oligarquias.
A cidade de João Pessoa nasceu nas margens do rio Sanhauá, a partir de onde subiu as ladeiras em direção ao que hoje é o Centro. A expansão urbana ocupou a antiga área rural. A partir da segunda metade dos anos 70, com a ascensão da orla marítima, a economia da área perdeu um pouco de sua importância de outrora. No que diz respeito à arquitetura, os bairros do Centro comportam a maior parte das áreas que são objeto de tombamento pelos órgãos de proteção ao patrimônio, dentre elas, o Centro Histórico, Rua das Trincheiras e as proximidades da Rua Odon Bezerra, no bairro de Tambiá.

Geografia

A cidade localiza-se na porção mais oriental das Américas e do Brasil, com longitude oeste de 34º47'30" e latitude sul de 7º09'28. O local é conhecido como a Ponta do Seixas.
A altitude média em relação ao nível do mar é de 37 metros, com altitude máxima de 74 metros nas proximidades do rio Mumbaba, predominando em seu sítio urbano terrenos planos com cotas da ordem de 10 metros, na área inicialmente urbanizada.
O clima da cidade é quente e úmido, do tipo intertropical, com temperaturas médias anuais de 26 °C. A menor temperatura já registrada na cidade foi a de 15°C e a maior registrada foi a de 35°C. O "inverno" inicia-se em março e termina em agosto. São duas estações climáticas definidas apenas pela quantidade pluviométrica, sem alteração significativa na temperatura (vide climograma). As chuvas ocorrem no período de "outono e inverno" e durante todo o resto do ano o clima é de muito sol. A denominação mais usual para o clima da cidade é o de tropical úmido. O excesso de calor e a umidade relativa do ar, alta o ano todo, torna o clima desconfortável para trabalho e produção.
  • Umidade relativa do ar: a média anual é de 80%. Entre os meses de maio a julho, o índice atinge o máximo, 87%, correspondendo à "época das chuvas". No período mais seco, é reduzido para 68%.
  • Vegetação: Mata Latifoliada Perenifólia Costeira (Mata Atlântica). Embora bastante devastada, a cidade conta com importantes resquícios da Mata Atlântica original preservados. (vide item: Meio Ambiente, abaixo)
  • Densidade demográfica: 3.336,8 habitantes por km². 
Bandeira da Paraíba
Primeira bandeira da Paraíba (até 1930)

Bandeira Atual

A bandeira da Paraíba foi adotada pela Aliança Liberal em 25 de setembro de 1930, por meio da lei nº 704, no lugar de uma antiga bandeira do estado, que vigorou durante quinze anos (de 1907 a 1922). A bandeira foi idealizada nas cores vermelha e preta, sendo que o vermelho representa a cor da Aliança Liberal e o preto, o luto que se apossou da Paraíba com a morte de João Pessoa, presidente do estado em 1929 e vice-presidente do Brasil em 1930, ao lado do presidente Getúlio Vargas.

A palavra "NEGO" que figura na bandeira é a conjugação do verbo "negar" no presente do indicativo da primeira pessoa do singular, remetendo à não aceitação, por parte de João Pessoa, do sucessor indicado pelo então presidente do Brasil, Washington Luís. Posteriormente, em 26 de julho de 1965, a bandeira rubro-negra foi oficializada pelo governador do estado, Pedro Moreno Gondim, através do Decreto nº 3919, como "Bandeira do Négo" (à época ainda com acento agudo na letra "e").

O preto ocupa um terço da bandeira; o vermelho, dois terços. Existem movimentos correntes hoje em dia que tentam mudar a bandeira do estado assim como o nome da capital, ou ao menos recuperar a nomeclatura da capital a bandeira originais, pois foram alterados na época da morte do político João Pessoa, morte esta que causou grande comoção em todo o país, levando a visíveis manobras políticas durante o primeiro governo de Getúlio Vargas.

(Fonte: pt.wikipedia.org)

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