
Idéia igual, mas diferente no sentir.

Muitas lembranças, poucas saudades.

uma música, uma palavra.

emerge do fundo do peito
onde é guardada com carinho.

pode-se afastá-la com outra lembrança ou
convocar outro pensamento para o lugar,
ligando a TV ou lendo o jornal.

e não se apaga, mesmo que outra pessoa
tente ocupar o lugar vazio.

sem machucá-lo.

uma época, uma pessoa.

possibilidade, de lábios jamais tocados.

localizada, e com algum esforço,
pode até ser calculada com uma fórmula
matemática, ao gosto dos engenheiros.

é pautada em rimas e melodias;
vontade de ver outra pessoa, segundo
os poetas, teria outro nome, seria uma
saudade com tempero, eu acho.

Saudade jamais é sem som.

a gente coloca, só para ficar mais bonita,
mais gostosa de sentir, para preencher
mais a alma vazia.

mas conforma-se com a ausência,
respeita convenções.

barreiras e preconceitos.

vai e volta quando queremos.

independente e auto suficiente.

(Autor Desconhecido)

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