UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Viver como as flores

Elas nascem no esterco, entretanto,
são puras e perfumadas.

Extraem do adubo malcheiroso, tudo
o que lhes é útil e saudável, mas
não permitem que o azedume da terra
manche o frescor das suas pétalas.

È justo nos angustiarmos com nossas
próprias culpas, mas não é sábio
permitir que os vícios dos outros
nos importunem.

Os defeitos deles,
são deles e não nossos.
Se não são nossos,
não há razão para aborrecimentos.


Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo
o mal que vem de fora.
A vida é curta e
deve ser desfrutada, ao invés de apenas
sobrevivermos.

Viva com alegria, otimismo
e acredite que nada o atingirá sem o seu
conhecimento.
Isso é viver como as flores.
(Autor Desconhecido)

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