mas que funcione bem,
para enfiar nela meu coração delirante
e retirar uma engrenagem melhor.
Quero esconder na manga,
na bolsa,
nessa cartola encantada,
minha alma falida, a asa quebrada,
tanta contradição.
Prefiro um objeto mais útil:
calculadora de emoção,
maquininha de escrever,
relógio de sonho preso num lugar.
Umas peças de metal enfiadas no peito:
só o essencial,
para que a cara não desabe de todo no chão.
(Autora: Lya Luft)
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