UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Luar
Lá fora,
a lua se desnuda no esplendor azulado
do céu que já começa a se vestir de estrelas.
Tudo em mim cala.
A alma a sós,
rememora à luz branca do luar.
Os meus pensamentos como um barco,
sabe por onde navegar,
desde muito tempo,
o luar me acompanha,
desde a fatia minúscula se fazendo lua,
até crescer e por fim, lua cheia,
mostrando traços de simplicidade e hegemonia...
carece apenas de tons e sobre tons.
A sonoridade dói no ouvido e fere o silêncio.
Silêncio!!! Estou a mirar a lua...
A paisagem não precisa de palavras.
(Autor Desconhecido)
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