se transformam em lentes que filtram
os acontecimentos,
dando-lhes cor e conotação próprias.
De acordo com a estrutura
e o momento psicológico,
os fatos passam a ter significação que
nem sempre corresponde à realidade.
Quem se utiliza de óculos escuros,
mesmo diante da claridade solar,
passa a ver o dia com menor intensidade
de luz.
Na área do relacionamento humano
as ocorrências também assumem contornos
de acordo com o estado de alma
das pessoas envolvidas.
É urgente, portanto,
a necessidade de conduzir os sentimentos,
de modo a equilibrar os fatos
em relação a eles.
Uma atitude sensata é um abrir
de janelas na alma, a fim de observar
bem os sucessos da caminhada humana.
De acordo com a dimensão e o tipo
de abertura,
será possível observar a vida e vive-la
de forma agradável,
mesmo nos momentos mais difíceis.
Há quem abra janelas na alma para deixar
que se externem as impressões negativas,
facultando o uso de lentes escuras,
que a tudo sombreiam com o toque
pessimista de censura e de reclamação.
Coloca, nas tuas janelas,
o amor, a bondade, a compaixão,
a ternura,
a fim de acompanhares
o mundo e o seu cortejo de ocorrências.
O amor te facultará ampliar o círculo
de afetividade,
abençoando os teus amigos com a cortesia,
os estímulos encorajadores e a tranqüilidade.
A bondade irrigará de esperança os corações
ressequidos pelos sofrimentos e as emoções
despedaçadas pela aflição que se te acerquem.
O perdão constituirá a tua força revigoradora
colocada a benefício do delinqüente,
do mau, do alucinado, que te busquem.
A ternura espraiará o perfume reconfortante
da tua afabilidade,
levantando os caídos e segurando os trôpegos,
de modo a impedir-lhes a queda,
quando próximos de ti.
As janelas da alma são espaços felizes
para que se espalhe a luz,
e se realize a comunhão com o bem.
(Autor Desconhecido)
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