UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Nao me dêem fórmulas certas


Não me dêem fórmulas certas,
porque eu não espero acertar sempre...
Não me mostre o que esperam de mim,
porque vou seguir meu coração!...
Não me façam ser o que não sou,
não me convidem a ser igual,
porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade,
não sei viver de mentiras,
não sei voar com os pés no chão...
Sou sempre eu mesma,
mas com certeza não serei a mesma prá SEMPRE!

Gosto dos venenos mais lentos,
das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas,
das idéias mais insanas,
dos pensamentos mais complexos,
dos sentimentos mais fortes ...
Tenho um apetite voraz
e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

(Autor Desconhecido)

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