UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 27 de julho de 2009

De onde eu sou?

De onde eu sou?
Sou de todos os lugares
E de lugar nenhum
Sou de onde nascem
Os sonhos e as fantasias!

De onde brotam
As dores e as alegrias
Sou da água
Sou do fogo
Sou do vento
Sou do espaço
Sou da terra
Sou do tempo

O que faço?
Eu bebo os sonhos
E devoro ilusões
O meu alimento
É a beleza do pensamento
Minha alegria
É a magia da fantasia

Na magia
Posso sonhar
Se posso sonhar
Posso fazer
Se posso fazer
Posso vencer
Se posso vencer
Posso sonhar ainda mais
Pois sem meus sonhos
Sou um vento que sopra...
Solitário

O que busco?
Uma alma pura
Uma mente aberta
Um coração livre
Um sorriso doce
Um olhar sincero
Uma estrada longa
E uma imensa vontade
De caminhar

Só que...
Não sozinha!

(Autor Desconhecido)

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