ђσנє,мαίѕ đσ qυє ѕємρrє,
єxρlσrє ѕєυ cσrαçãσ.
ђσנє, мαίѕ đσ qυє ѕємρrє,
đєίxє qυє ѕυαѕ ємσçõєѕ ѕє rєνєlєм.
ђσנє, мαίѕ đσ qυє тυđσ, αмє.
αмє α νίđα,
αмє α νσcê мєѕмσ.
ŋãσ єѕρєrє qυє αѕ мαŋίƒєѕтαçõєѕ
cαrίŋђσѕαѕ νєŋђαм đє ƒσrα
ραrα νσcê.
ѕєנα σ ρrίмєίrσ α ρєrcєвєr σ
qυαŋтσ đє αмσr νσcê é cαραz
đє ѕєŋтίr.
єŋνσlνα-ѕє đє тєrŋυrα,
ѕєנα gєŋтίl cσŋѕίgσ мєѕмσ.
ρєrcєвα ѕυαѕ ρróρrίαѕ
ŋєcєѕѕίđαđєѕ
є ρrσcυrє ѕαтίѕƒαzê-lαѕ.
ŋãσ ѕє đίмίŋυα, ŋãσ ѕє
đєѕναlσrίzє;
ђσנє, мαίѕ đσ qυє ѕємρrє,
νσcê мєrєcє
rєcєвєr тσđσ σ cαrίŋђσ є тσđα
α αтєŋçãσ.
ђσנє, мαίѕ đσ qυє ѕємρrє,
σ αмσr é ѕєυ ρσr đίrєίтσ.
UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário