UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

domingo, 2 de agosto de 2009

Faça como a flor

A flor cresce voltada para a luz,
aproveitando, placidamente, os
momentos de sombra para
se recompor.
Entrega à sorte,
mesmo magoada ou ressentida
com as agruras da vida,
busca, instintivamente,
água e alimento na terra.
Na luta pela sobrevivência,
determinada, com suas raízes
entrelaçadas,
à procura de segredos ocultos
na natureza,
descobre a tua força.

(Autor Desconhecido)

Nenhum comentário: