UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

LIVRO: Lar Doce Lar


Category: Books
Genre: Literature & Fiction
Author: Mary Higgins Clark

Aos 10 anos de idade, Liza Barton mata a mãe, ao tentar, num ato desesperado, protegê-la de seu padrasto. A Justiça julga a morte como acidental, porém, seu padrasto ajudado pela imprensa sensacionalista torna-se aos olhos da sociedade da época: a vítima, já que Liza atirou nele várias vezes, na tentativa de proteger sua mãe.

Os pais adotivos de Liza mudam o seu nome para Celia, a fim de apagar o terrível passado dela. Após 18 anos, Celia não tem mais as lembranças de infância, e torna-se uma bem-sucedida decoradora de Manhattan, casada e com um filho.

No seu leito de morte, seu marido a faz jurar que nunca revelaria seu passado, a fim de proteger o pequeno Jack. Dois anos após a morte de seu marido, Celia casa-se novamente, porém, sua felicidade é fortemente abalada quando seu marido Alex lhe dá de presente de aniversário a antiga mansão em que sua mãe foi tragicamente morta.

Quando a corretora de imóveis é morta, Celia é a primeira pessoa a chegar à cena do crime, e se torna a principal suspeita do assassinato. Outros assassinatos vão ocorrendo e ao que tudo indica, alguém conhece a identidade da nova moradora. Para Celia ter voltado à casa pode se tornar o maior erro da sua vida. Portanto, ela terá que provar que além de ser inocente nestes crimes atuais, ela não matou sua mãe deliberadamente.

Gostei do livro, não pelo suspense, pois foi fácil identificar o assassino (a) da história. E sim, pelo drama de Celia, em ter que conviver com o estigma de ter matado a própria mãe.

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