UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Papel enrugado

Um caráter impulsivo faz, muitas vezes,
com que rebentemos em cólera
à menor provocação.
A maior parte das vezes,
depois de um destes incidentes,
sentimo-nos envergonhados
e esforçamo-nos por remediar o mal que
causamos nos outros.Vamos fazer um teste com uma folha de papel:
Vamos pegar nela e fazer uma bola.
Em seguida vamos tentar que ela volte
ao seu aspecto inicial.
Por mais que tentemos, não poderemos fazer
com que ela tenha um aspecto
de folha nova e lisa.
O coração das pessoas é como
esta folha de papel.A impressão que deixamos nesse coração
a quem causamos dano com as nossas
atitudes coléricas será tão difícil
de apagar como as rugas do papel.
Mesmo que tentemos emendar o erro,
já estará "marcado".Impulsivamente não nos controlamos e sem pensar,
atiramos palavras cheias de ódio,
rancor e, logo, quando pensamos nisso,
nos arrependemos.
Porém não podemos voltar atrás,
não podemos apagar o que ficou gravado.
E o mais triste é que deixamos "rugas"
em muitos corações...Vizinhos;
Irmãos;
Amigos;
Empregados;
Esposos;
Filhos;
Colegas...A partir de hoje sejamos mais
compreensivos e pacientes.
Quando sentirmos vontade de "explodir",
recordemos o papel enrugado!!!!
É uma sugestão conselho... não custa tentar!!!!

(Autor Desconhecido)

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