Saudades de meu pai
Amanhã será Dia dos Pais.
Acordei com saudade do meu pai.
Tantas coisas aconteceram em minha vida depois que ele se foi.
Meu pai. Um Homem Bom.
Sua simplicidade falava-me de um Deus que mora na ternura e que acolhe.
Sua sabedoria falava-me de um Deus que não julga, mas compreende; que não afasta, mas ama.
Caí algumas vezes.
Mas eu sabia que ele estava ali para qualquer arranhão mais doloroso.
Ele não está mais aqui comigo.
Está em mim, porque trago muito do que ele deixou.
Mas já não mais me abraça.
Não sorri para mim.
Não me diz coisas que cicatrizem as minhas feridas.
Tenho saudade do meu pai.
Do seu colo, das histórias recontadas de sua vida.
Minha fortaleza partiu para junto de Deus.
Eu entendo que estamos aqui de passagem.
Tenho fé de que há um lindo céu, que nos aguarda, mas isso não retira de mim a saudade que dói.
Meu pai...homem alegre e brincalhão, mas também, às vezes, silencioso e pensativo,
homem de fé, sensível e generoso.
Como sinto falta do abraço aconchegante a me acolher.
Meu pai... com quem aprendi a viver.
Meu grande conselheiro e leal amigo:
Quanta falta me faz!!!...
Te amo para toda a eternidade.
Sua filha...
Bárbara de Fátima.
UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
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