UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Cotidiano



É preciso reencantar nossa prática cotidiana
É urgente humanizar-se, agradecer
Depende de nós tornar isso possível
Sejamos semeadores
Não apenas de palavras
Mas de afetos
Onde houver inquietação
Haverá transformação
Permita-se sonhar, conquistar
e acreditar naquilo que faz
Este é o milagre da multiplicação do saber
E do vir à ser.

(Autora: Maria de Fátima Hammes)

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