UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sábado, 25 de agosto de 2012

Quem Sou Eu



Eu sou um grito abafado na garganta
Sou o começo que nunca finda
sou o caminho interrompido
Sou o eco no deserto
sou também a gota de esperança
a luz no fim do túnel
a mão que se estende
Eu sou emoção
Eu sou razão
assim sou um ser
com incerteza e certezas
como tantos outros
um ser comum.

(Autora: Rejane Pino)

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