Reparo os meus instantes,
e penso do que é feita a existência.
Vejo o
enlaçado do vento
que abraça aquelas árvores,
que abraça aquelas árvores,
ele as beija como se fosse
o tão esperado amante.
o tão esperado amante.
Elas o recebem, pois,
sabem que jamais ele se ausenta.
sabem que jamais ele se ausenta.
E aos pés daquele ribeiro,
nascem pequenas flores,
nascem pequenas flores,
que decoram em
suas miudezas a paisagem nobre.
Libélulas beliscam o espelho d’água,
brincando faceiras.
Desnuda-se o céu, e, cada nuvem encontra seu
caminho.
As cores do crepúsculo anunciam a alvorada,
A vida ressurge por
entre as falácias dos pássaros,
que em revoada, desenham a liberdade nos
céus.
Nesse instante, respiro o renovado do ar que me cerca.
Sou não só
aquilo que sei, mas, tudo o que agora contemplo.
Atento meus olhos a
perfeição dessas cenas,
e nada mais reconheço, senão a vida.
Deixo-a
invadir-me sem licença, sem pedidos,
sem bloqueios, culpas ou
arrependimentos.
Sem complicações maiores.
Quero dela o simples.
Quero
reter-me nas flores.
Quero desenhar nas nuvens.
Quero dançar com o
vento.
Quero brincar com as libélulas.
Quero ser pássaro do céu.
(Autora: Jacqueline)
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