UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

27 de Agosto - Dia de Santa Mônica



Santa Mônica de Hipona (331–387) 
é uma considerada santa cristã 
e mãe de santo Agostinho de Hipona. 
A sua festa se realiza em 27 de agosto.


Esta santa alegadamente nasceu em 331 d.C., 
em Tagaste, mas há controvérsias acerca dessa data. 
Foi, segundo as tradições católicas, 
criada por uma dada, ou seja, 
uma escrava que cuidava 
dos filhos dos senhores, 
dessa senhora recebeu "educação
 e rígidos ensinamentos religiosos".

Casou-se, conforme a lenda, aos dezessete

 ou dezoito anos com Patrício, 
o casal ocupava razoável posição social, 
mas apesar disso Mônica não era 
feliz no casamento pois sofria com a infidelidade do marido, 
por isso começa a atingir o ideal cristão de boa esposa e mãe, 
já que nunca criou discórdia por esse motivo.

Foi mãe de Santo Agostinho, sendo ele, 

 segundo o também Doutor da Igreja,
 o seu alicerce espiritual que o conduziu em
 direção à suposta "fé verdadeira", 
já que o converteu por insistência ao Cristianismo. 
Ele julgava ser a mãe a "intermediária" entre ele e Deus.
 Durante a adolescência de Agostinho
 até ao seu batismo,
 Mônica vivia entre lágrimas,
 lamentando a vida
 de alegadas "heresias" do filho, 
e orava fervorosamente para que ele
 encontrasse a verdadeira "fé".


Agostinho atribuiu a um sonho 
de sua mãe o passo definitivo
 para sua conversão e a "confirmação" 
de sua vocação religiosa, 
desse modo Mônica se torna responsável 
pelo destino cristão do filho.


A partir disso o filho vê a mãe de forma santificadora, 
 mas reconhece o fardo feminino que ela carrega, 
já que nos primórdios da Igreja Católica,
 a mulher era vista entre dois extremos, 
o da exaltação e da condenação, 
devido à face maniqueísta desta religião. 
A parte "boa" do sexo feminino
 era representada por Maria e a parte "ruim", 
que se entrega à tentação, representada por Eva.
 Foi dessa forma que Mônica foi vista 
por seu filho e pela Igreja Católica.


Morreu aos 56 anos, no ano de 387, 
mesmo ano da conversão de seu filho. 
Seu corpo foi "descoberto" 
em 1430 e transferido 
para Roma onde mais tarde 
uma igreja lhe foi dedicada. 
Mônica foi canonizada não por 
ter operado milagres ou por ser mártir,
 mas sim por ter sido, alegadamente, 
a "responsável pela conversão de seu filho" 
mostrando empenho em ensinar condutas 
cristãs como moral, pudor e mansidão,
 mostrando a intervenção feminina 
no interior da família, pois foi o meio, 
através da oração, que contribuiu 
para a vida religiosa do filho.

(Fonte: pt.wikipedia.org)

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