Jogo a minha rede no mar da vida
e às vezes, quando a recolho,
e às vezes, quando a recolho,
descubro que ela retorna vazia.
Não há como não me entristecer
e não há como desistir.
e não há como desistir.
Deixo a lágrima correr,
vinda das ondas que me renovam,
vinda das ondas que me renovam,
por
dentro, em silêncio:
dor que não verte, envenena.
dor que não verte, envenena.
O coração marejado, arrumo,
como posso, os meus sentimentos.
como posso, os meus sentimentos.
Passo a limpo os meus sonhos.
Ajeito, da
melhor forma que sei,
a força que me move.
a força que me move.
Guardo a minha rede e deixo o dia
dormir.
Com toda a tristeza pelas
redes que voltam vazias,
redes que voltam vazias,
sou
corajosa o bastante para não
me acostumar com essa ideia.
me acostumar com essa ideia.
Se gente não fosse
feita pra ser feliz,
Deus não teria caprichado tanto nos detalhes.
Perseverança
não é somente
acreditar na própria rede.
acreditar na própria rede.
Perseverança é não deixar de crer na
capacidade de renovação das águas.
capacidade de renovação das águas.
Hoje, o dia pode não ter sido bom,
mas amanhã será outro mar.
mas amanhã será outro mar.
E eu estarei lá na beira da praia de novo.
(Autora: Ana Jácomo)
















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