UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Do pó viemos e ao pó voltaremos

Quando à beira da morte, Alexandre III da Macedônia, dito o Grande ou Magno, convocou os seus generais e relatou seustrês últimos desejos:

1º Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2º Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...);
3º Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:

1º Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2º Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3º Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

(Autor Desconhecido)

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Pense nisso... Não deixe de correr atrás de seus sonhos, mas não se esqueça de viver intensamente e de usufruir de seus sentimentos e emoções, pois as coisas materiais são importantes para nós, porém elas ficam, já as emoções e sentimentos nascem e morrem com a gente.

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