O sol se põe vagarosamente,
deixando no céu riscos avermelhados
que se refletem nas águas calmas do rio,
ofuscando a vista com seu brilho.
Os pássaros, em louca revoada, se despedem do dia
e procuram seus ninhos no topo das árvores,
entre as folhagens espessas.
Paira uma tranqüila sintonia,
cuja quietude é quebrada apenas pela a algazarra
de crianças que ainda brincam na rua,
aproveitando os últimos vestígios de claridade.
Até mesmo a alma inquieta e sufocada,
sente-se presa dessa magia fugaz
e o espírito,
envolvido pelo cenário paradisíaco,
se deixa quedar,
silenciando suas dores e sua solidão.
E por um breve momento
consegue ficar em paz consigo mesmo.
(Autora: Rose Mori)
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