UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

História de Vida (A Esperança e o Amor)



O coração daquela pobre mãe deixou de bater...
Apagou-se ao dar à luz, por ela, 
nada havia a fazer!!!
Mas... e por aquelas crianças recém-nascidas,
Filhas de ninguém, sós e desprotegidas?...

Quis o destino traze-las a este mundo
Pelas mãos de um ser infecundo
Que abraçou o milagre da vida
Sem qualquer temor ou dúvida!
  
A médica... adotou as crianças...
À menina chamou "Esperança",
E ao menino chamou "Amor".

Ambas cresceram, lado a lado,
Unidas pelo sangue ...pelo passado,
Unidas na alegria e na dor!!!

(Autora: Titta Butterfly)

Nenhum comentário: