Raios de emoção invadem-me a
alma!
Escrevo versos recheados de
amor.
Do filho, ouço a voz que ecoa
no espaço,
Querendo um abraço para
acalmar a dor.
Da criança, vejo o sorriso
que domina.
E do velho, descubro o eterno
segredo
De amar. Enquanto, da pedra
filosofal,
Guardo a beleza triunfal com
desvelo!...
Por uma paixão, quase me
desespero!
Sinto aquela tristeza que não
se aquieta.
E, no túmulo que se abriu
pela maldade,
A mão covarde estraçalha a
flor dileta.
Resisti à dor da mais triste
tormenta...
E só, num barquinho, flutuei
sem remo.
À tempestade do amor consegui
vencer;
E guardar das centelhas, o
fulgor extremo.
Do cerrado, sempre serei a
pequenina flor!
Mas que o vento deixou no
meio do mar...
Viverei da saudade, nesta
ilha de encantos;
E, de tantos amigos hei de
me lembrar.
(Autora: Maria da Luz)
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