UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

domingo, 17 de julho de 2011

Amor


Ah, o amor!
Sentimento de que zombamos
Até que alguém encontramos
E sem que percebamos
De cabeça nele nos atiramos
Sem que se espere ele chega sorrateiro
e a vida antes tão calma
logo vira desnorteio
a boca seca e amortecida
mão suando frio
Borboletas na barriga
Mas se aceita o desafio
Que importa se dará certo ou não
O importante é sentir acelerar o coração
Simplesmente por ouvir o nome da pessoa amada
Mesmo que ela ainda não saiba de nada
E a fantasia de tê-la, seja somente um sonho realizado
Não se sabe ao certo como será
Se trará alegria, tristeza, felicidade ou dor
Mas uma coisa não se pode negar
Ninguém que pela vida passar
Deixará de provar desse néctar chamado
AMOR.
(Autora: Fabiana Santana)

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