É
dele o papel de destaque no ciclo de festas em junho. Inclusive é
em homenagem a São
João que se chamam
“joaninas” as celebrações realizadas no período. Ele
está relacionado com o fogo lendário das fogueiras e sua adoração
era tradicional na Península Ibérica, que foi trazida ao Brasil
pelos jesuítas.
Esse santo é o responsável pelo título de "santo festeiro", por
isso, no dia 24 de junho, dia do seu nascimento, as festas são
recheadas de muita dança, em especial o
forró.
No Nordeste do País,
existem muitas festas em homenagem a São João, que também é
conhecido como protetor dos casados e enfermos, principalmente no
que se refere a dores de cabeça e de garganta. Alguns símbolos são
conhecidos por remeterem ao nascimento de São João, como a
fogueira, o mastro, os fogos, a capelinha, a palha e o
majericão.
Existe
uma lenda que diz que os fogos de artifício soltados no dia 24 são
"para acordar São João". A tradição acrescenta que ele adormece no
seu dia, pois, se ficasse acordado vendo as fogueiras que são
acesas em sua homenagem, não resistiria e desceria à terra. As
fogueiras dedicadas a esse santo têm forma de uma pirâmide com a
base arredondada.
O
levantamento do mastro de São João se dá no anoitecer da véspera do
dia 24. O mastro, composto por uma madeira resistente, roliça,
uniforme e lisa, carrega uma bandeira que pode ter dois formatos,
em triângulo com a imagem dos três santos, São João, Santo Antônio
e São Pedro; ou em forma de caixa, com apenas a figura de São João
do carneirinho. A bandeira é colocada no topo do
mastro.
O
responsável pelo mastro, que é chamado de "capitão" deve,
juntamente com o "alferes da bandeira", responsável pela mesma,
sair da véspera do dia em direção ao local onde será levantado o
mastro. Contra a tradição que a bandeira deve ser colocada por uma
criança que lembre as feições do santo.
Primo
de Jesus
Nascido em
24 de junho, alguns meses antes de Jesus, São João Batista é filho de Isabel, prima de
Maria, que anunciou a vinda do Messias e foi chamado de precursor
do povo judeu.
Fogueira
Segundo
a lenda, Maria e Isabel, grávidas ao mesmo tempo, combinaram que a
primeira a ter o bebê avisaria a outra acendendo uma fogueira que
pudesse ser avistada, a distância, no deserto da Judéia, onde
viviam. Santa Isabel foi a primeira a acender o fogo, quando nasceu
João.
Pregador
e batista
Antes
mesmo de Jesus, João Batista já pregava publicamente às
margens do Rio Jordão. Ficou conhecido pela prática de purificação
através da imersão na água, o batismo, tendo inclusive batizado o
próprio Cristo nas águas desse rio, tornando-se, por isso, uma
tradição no Cristianismo.
Morte
e adoração
São
João foi preso a
mando do Rei Herodes e levado para uma fortaleza onde foi mantido
por dez meses até sua morte. Sua prisão é atribuída à liderança de
uma revolução, porém sabe-se que a veemência de sua pregação
incomodava os poderosos.
Atendendo ao
pedido de sua enteada Salomé, o monarca mandou degolá-lo e a sua
cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata. Depois, foi queimado
em uma fogueira numa das festas palacianas de
Herodes.
Os
discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de
anunciar a sua morte ao seu primo Jesus. Onze séculos depois, na
Idade Média, o santo se tornou popular quando os cavaleiros
hospitalários e templários – guerreiros cristãos que
defendiam Jerusalém dos muçulmanos – o adotaram como
patrono.
Festeiro
Ao
contrário da imagem descrita pela Bíblia de um homem ríspido e
severo, tem-se nas festas a sua imagem associada a uma criança
meiga e alegre, que adora foguetes e
barulho.
(Autor Desconhecido)
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