UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sábado, 10 de julho de 2010

Te Amo!

Atravessarei mares, mas não
existirá água
suficiente que afogue o amor
que sinto por ti.

Subirei até a montanha mais alta
só para ti ver,
lá gritarei teu nome para ver
se me ouves, e se ouvires,
direi uma frase:
Eu te amo!

E quando o vento passar,
levará consigo o que disse,
e quando ele soprar em teu ouvido, escutarás
junto ao vento: Eu te amo!

E toda vez que o vento soprar em teu ouvido,
não será só apenas
o vento, mas eu dizendo TE AMO!
(Autor Desconhecido)

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