no espaço, no tempo.
O espelho é fantástico.
No cristal partido
há rostos inúmeros.
São múltiplos, tantos.
Nenhum te conhece.
Uns calam, são tímidos.
São mortos, são vivos?
Ou apenas fragmentos
de doces espectros
que emergem, de súbito,
de um país perdido?
Navego no tempo,
procuro-te em tudo.
Perdida, mas rútila,
no espelho fantástico,
olhai! - há uma estrela.
(Autor: Emílio Moura)
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