Por tua lembrança lá no esquecimento?
Mudo meu rumo, mas teus passos sigo,
P'ra o meu espanto e este desalento.
Por odiar-te tanto eu não te esqueço.
Por que tu sangras tanto no meu peito?
Voltar a mim é tudo que eu mereço,
Porém sem nós eu mesma me rejeito.
Quero-te morto, pois talvez - quem sabe -
Eu possa dar-te, enfim, por terminado,
Possa enterrar também minha saudade
De ti, o que foi-me mais um triste fado,
Porém, enquanto houver eternidade,
Serás no eterno o meu eterno amado.
(Autora: Silvia Schmidt)
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