UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

LIVRO: Morrer em Times Square


Category:Books
Genre: Literature & Fiction
Author:Hernâni Carvalho



Um e outro, com objetivos diferentes, um e outro, com interesses que se intersectam, um e outro, servindo-se um do outro.


Sinopse: Um homem mais velho e um jovem aspirante a modelo tiveram um caso que acabou em tragédia. Morrer em Times Square, de Hernâni Carvalho, revela toda a verdade por trás deste caso que chocou o mundo. Uma visão independente e imparcial dos fatos baseada em fontes policiais e na avaliação de psicólogos clínicos e forenses. Quais terão sido as motivações dos protagonistas? Terá o homem mais velho vivido em terror os últimos dias? O jovem foi dilacerado pela violência psicológica e pela chantagem?

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Já quase tudo se sabe do que se passou no quarto 3416 do luxuoso Hotel Intercontinental, em Times Square, em Nova Iorque, pelo menos aquilo que foi relatado em todas as revistas do cor-de-rosa, da atualidade, jornais, etc., e este livro pouco mais veio adiantar a não ser as análises psicológicas do suposto assassino de Carlos Castro e do próprio morto.

Durante o mês em que escreveu o livro, Hernâni Carvalho reforça a história de Morrer em Times Square com vários testemunhos de modo a comprovar que o relacionamento que existia entre Carlos Castro e Renato Seabra ia mais além do que uma mera amizade. Exemplo disso foram os relatos de Helena Napoleão que esteve com o casal em Londres, de Domingos Oliveira, escultor amigo de Castro, que ouve uma conversa entre Castro e Renato dizendo que quer que Carlos vá a Cantanhede de modo a esclarecer à mãe de Seabra sobre a relação que existe entre ambos.

Apoiado em alguma bibliografia, o jornalista ouviu ainda as análises psicológicas e forenses de Paulo Sargento e Quintino Aires, que tentaram, de um modo geral, explicar as motivações para o assassinato de Carlos Castro.

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