UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

À Fadas e Borboletas




Quando as noites estão sem estrelas
E uma nuvem cobre o olhar
O poeta apenas fecha os olhos
E deixa sua musa chegar

Ela voa por seus sentimentos
Faz o Sol, plena meia noite, brilhar
Aquece o coração com um beijo
E o artista começa a criar

Sentimentos puros
Vindos da retribuição do cantor
Desenha em versos suas musas
Sem elas, nada tem valor

O motivo do brilho dos olhos
A paixão que traz ao mundo cor
Estão escritas em eternos versos
Musas criadas em Deus, por Amor

(Autora: Juh Decaris)

Nenhum comentário: