UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Vês?



Vês
a cor de minha tez?
Sabes
sobre minha fortuna?
para ver quem sou?
 É assim quando a alma chega..
Nada,
nada disso tem valor!
O que conta
são as ações,
o que o espírito almeja
e porque se distanciou..
É nessa hora
que normalmente a alma chora!!
O ato
não tem cor,
pode mostrar nobreza,
mas principalmente,
quem sou...

(Autora: rivkahcohen)

Nenhum comentário: