UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Advento





A noite está findando, fulgente o dia vem.
Erguei a voz, louvando a estrela de Belém!
No escuro em agonia, quem teve de chorar
verá, com alegria: a luz há de brilhar.

O Deus onipotente a terra visitou:
humilde e indigente criança se tornou.
O pecados ansiado não há de perecer
se crente e confiado a criança receber.

As trevas já se rendem. Eis o que aconteceu:
Os laços que nos prendem o próprio Deus rompeu.
De abismos insondáveis de desespero e dor,
de angústias incontáveis remiu-nos o Senhor.

(Autor: Jochen Klepper)

Um comentário:

total disse...

muito lindo teu blog ,esta muito legal ,lindas palavras contém palavras do Eterno são palavras viva. um feliz natal pra ti e familia.