UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Amor


Que tudo seja feito com amor
Que em tudo o amor possa falar
Que em tudo o amor pondere,  equilibre
Que o amor faça seu verbo conjugar!

Amar com vontade de quem vai venerar.
E nos carinhos que não haja espinhos
Que seja o amor dado sem esperar volta
Que seja o amor um tapete de flores  no caminho.

Que o mais belo que o pintor pintar
Seja o amor. 

Quando o vento  seus cabelos volver
E as mãos do vento seus cabelos acariciar
Que você fique mais bela para o pintor 

se enbevecer.

Eu sei que o amor as vezes doi no coração
Depois descobri porque ele faz assim
É para mostrar que você vive, que Deus esta aqui
Porque o amor por ser o amor, nunca terá fim!


(Autor: J. C. Barret)

Nenhum comentário: