mas com tamanha intensidade, que se petrifica,
e nenhuma força jamais o resgata!
Difícil é ouvir a sua consciência.
Acenando o tempo todo,
mostrando nossas escolhas erradas.
Difícil é segui-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas,
ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta.
Ou querer entender a resposta.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Difícil é entregar a alma.
Sinceramente, por inteiro.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Difícil é ocupar o coração de alguém.
Saber que se é realmente amado.
Difícil é lutar por um sonho.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Difícil é dizer "adeus".
Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois.
Amar e se entregar.
E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá...
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.
Ou ter coragem pra fazer.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.
(Autor: Carlos Drummond de Andrade)
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