se fez pela coisa que mais amou,
e quando dela receou
sofreu, morrendo de pesar,
ai, minha senhora, assim morro eu.
Como morreu quem foi amar
quem nunca bem lhe quis fazer,
e de quem Deus lhe fez saber
que a morte havia de alcançar,
ai, minha senhora, assim morro eu.
Igual ao homem que endoideceu
com a grande mágoa que sentiu
senhora, e nunca mais dormiu
perdeu a paz, depois morreu,
ai, minha senhora, assim morro eu.
Como morreu quem amou tal
mulher que nunca lhe quis bem
e a viu levada por alguém
que não valia nem a vale,
ai, minha senhora, assim morro eu.
(Autor: Paio Soares de Taiverós - Trovadorismo)
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