UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Primeiro Natal



Era noite...e tudo era paz ao redor.
Um grupo de pastores vigiava
seu rebanho, a dormir.
A noite escura fazia mais brilhantes as estrelas
que pairavam sobre suas cabeças,
na abóbada misteriosa do céu.

Os pastores conversavam a respeito do Salvador,
há muito prometido, há tanto esperado.

Repentinamente, uma luz estranha brilhou
perto deles e um anjo apareceu.
Confusos e alvoroçados,
dobraram os joelhos em terra.
O anjo lhes disse:
- Não temais.
Eis que vos trago novas de grande alegria
e elas são para todo o povo.

Os pastores ouviam atentamente o que
o Anjo lhes dizia.
Ele continuou:

- Este será para vós o sinal:
achareis o menino envolto em panos,
deitado numa manjedoura.

Quando o Anjo acabou de falar,
a luz celeste se fez com maior intensidade
e uma grande multidão de anjos apareceu,
louvando a Deus, e cantando:

"Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens
de boa vontade"

Era a mais linda música que aqueles humildes
pastores ouviram na sua vida.
Como estavam maravilhados com a revelação
de Deus para com eles!

Antes de voltarem a si pela surpresa,
os anjos desapareceram, o coro cessou
e a luz radiante se apagou.
- Vamo-nos depressa e procuremos o recém-nascido,
disseram uns aos outros.

Deixaram seus rebanhos aos cuidados de um deles
e se apressaram a ir até a pequenina
cidade de Belém.
Lá, numa humilde manjedoura,
encontrava-se uma criança envolta em panos.
Na estrebaria, estavam os animais
e ao lado da criança, estava Maria,
sua Mãe e José.

A primeira coisa que os pastores fizeram
foi ajoelhar-se diante do menino,
do Cristo Menino.
Contaram aos pais da luz maravilhosa que
os cercou na escuridão da noite,
e da presença do Anjo, anunciando-lhes
o nascimento do Salvador.

Contaram-lhes do coro celestial de milhares
de anjos que cantavam:

"GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS"

Já era madrugada quando os pastores voltaram
a seus rebanhos no campo.
Quão felizes se sentiam por terem sido escolhidos
por Deus para receberem a maior nova que podia
ser dada ao mundo!

Eles nunca se cansavam de contar aos outros que
o Salvador Prometido nascera e com ele viera também
a paz e a boa vontade entre os homens.

(Autor Desconhecido)

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