OS SANTOS
Santo Antônio
Dia 13 de Junho
Alguns dizem que o nome verdadeiro desse
santo não é Antônio, mas Fernando de Bulhões,
segundo estes, ele nasceu em Portugal em 15 de agosto de 1195
e faleceu em 13 de junho de 1231.
Outros porém, afirmam que Fernando de Bulhões
foi a cidade onde nasceu. Aos 24 anos,
já na Escola Monástica de Santa Cruz de Coimbra,
foi ordenado sacerdote.
Dizem que era famoso por conhecer a Bíblia de cor.
Ao tomar conhecimento de que quatro missionários
foram mortos pelos serracenos,
decidiu mudar-se para Marrocos.
Ao retomar para Portugal, a embarcação que o trazia
desviou-se da rota por causa de uma tempestade,
e ele foi parar na Itália.
Lá, foi nomeado pregador da Ordem Geral.
Depois de um encontro com os discípulos de Francisco de Assis,
entrou para a ordem dos franciscanos
e foi rebatizado de Antônio.
Viveu tratando dos enfermos e ajudando
a encontrar coisas perdidas.
Dedicava-se ainda em arranjar
maridos para as moças solteiras.
Sua devoção foi introduzida no Brasil
pelos padres franciscanos,
que fizeram erigir em Olinda (PE)
a primeira igreja dedicada a ele.
Faz parte da tradição que as moças casadouras
recorram a Santo Antônio, na véspera do dia 13 de junho,
formulando promessas em troca do desejado matrimônio.
Esse fato acabou curiosamente transformando
12 de junho no “Dia dos Namorados”.
A fama de casamenteiro surgiu mesmo
depois de sua morte, no século XIV.
Diz a lenda que uma moça pobre pediu ajuda
a Santo Antonio e conseguiu o dote que precisava para poder casar.
A história se espalhou e hoje é o santo
que homens e mulheres recorrem quando
o objetivo é encontrar sua metade.
No dia 13, multidões se dirigirem às igrejas
pelo pão de Santo Antônio. Dizem que é bom
carregar o santo na algibeira para receber proteção.
Uma outra curiosidade é que a imagem deste
santo sempre aparece com o menino Jesus no colo.
Você sabe por quê? Existem duas versões para isso:
uma, diz que o menino representa o quanto ele era
adorado pelas crianças; a outra, que ele era um
pregador tão brilhante que dava vida aos ensinos da Bíblia.
O menino seria a personificação da palavra de Deus.
É bastante comum entre as devotas de Santo
Antônio colocá-lo de cabeça para baixo no sereno
amarrado em um esteio. Ou então jogá-lo no
fundo do poço até que o pedido seja satisfeito. Depois cantam:
“Meu Santo Antônio querido,
Meu santo de carne e osso,
Se tu não me deres marido,
Não te tiro do poço”.
As festas antoninas são urbanas, caseiras,
domésticas, porque Santo Antônio é o
santo dos nichos e das barraquinhas.
Na A Tribuna de 14 de junho de 1997, página A8, lemos:
“O dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, foi lembrado..,
com diversas missas e a distribuição de 10 mil pãezinhos.
Milhares de fiéis compareceram às igrejas
para fazer pedidos, agradecer as graças realizadas
e levar os pães, que, segundo dizem os fiéis,
simbolizam a fé e garantem fartura à mesa”.
Ainda para Santo Antônio, cantam seus admiradores:
“São João a vinte e quatro,
São Pedro a vinte e nove,
Santo Antônio a treze,
Por ser o santo mais nobre”.
São João
Dia 24 de Junho
A Igreja Católica o consagrou santo.
Segundo essa igreja, João Batista nasceu em
29 de agosto, em 31 A.D., na Palestina,
e morreu degolado por Herodes Antipas,
a pedido de sua enteada Salomé (Mt 14.1-12).
A Bíblia, em Lucas 1.5-25, relata que o nascimento
de João Batista foi um milagre, visto que seus pais,
Zacarias e Isabel, na ocasião, já eram bastante
idosos para que pudessem conceber filhos.
Em sua festa, São João é comemorado com fogos
de artifício, tiros, balões coloridos
e banhos coletivos pela madrugada.
Os devotos também usam bandeirolas coloridas e dançam.
Erguem uma grande fogueira e assam batata-doce,
mandioca, cebola-do-reino, milho verde, aipim etc.
Entoam louvores e mais louvores ao santo.
As festas juninas são comemoradas de uma forma rural,
sempre ao ar livre, em pátios e/ou grandes terrenos
previamente preparados para a ocasião.
João Batista, biblicamente falando, foi o precursor
de Jesus e veio para anunciar a chegada do Messias.
Sua mensagem era muito severa,
conforme registrado em Mateus 3.1-11.
Quando chamaram sua atenção para o
fato de que os discípulos de Jesus estavam
batizando mais do que ele, isso não lhe despertou
sentimentos de inveja (Jo 4.1), pelo contrário,
João Batista se alegrou com a notícia e declarou
que não era digno de desatar a correia das
sandálias daquele que haveria de vir,
referindo-se ao Salvador (Lc 3.16).
Se em vida João Batista recusou qualquer tipo
de homenagem ou adoração, será que agora
está aceitando essas festividades em seu nome,
esse tipo de adoração à sua pessoa? Certamente que não!
São Pedro
Dia 29 de Junho
É atribuída a São Pedro a fundação da Igreja Católica,
que o considera o “príncipe dos apóstolos” e o primeiro papa.
Por esse motivo, os fiéis católicos tributam a esse santo honrarias
Por esse motivo, os fiéis católicos tributam a esse santo honrarias
dignas de um deus. Para esses devotos,
São Pedro é o chaveiro do céu. E para que alguém
possa entrar lá é necessário que São Pedro abra as portas.
Uma das crendices populares sobre São Pedro
(e olha que são muitas!) diz que quando chove
e troveja é por que ele está arrastando os móveis do céu. Pode!
Na ocasião, ocorrem procissões marítimas
em sua homenagem com grande queima de fogos.
Para os pesca-dores, o dia de São Pedro é sagrado.
Tanto é que eles não saem ao mar para pescaria.
É ainda considerado o santo protetor das viúvas.
A brincadeira de subir no pau-de-sebo (uma árvore
de origem chinesa) é a que mais se destaca nas
festividades comemorativas a São Pedro.
O objetivo para quem participa é alcançar
os presentes colocados no topo.
Os sentimentos do apóstolo Pedro,
eram extremamente diferentes do que
se apregoa hoje, no dia 29. De acordo com sua forma
de agir e pensar, conforme mencionado na Bíblia,
temos razões para crer que ele jamais aceitava
os tributos que hoje são dedicados à sua pessoa.
Quando Pedro, sob a autoridade do nome de
Jesus, curou o coxo que jazia à porta Formosa
do templo de Jerusalém e teve a atenção do
povo voltada para ele como se por sua virtude
pessoal tivesse realizado o milagre não titubeou,
mas declarou com muita segurança sua
dependência do Deus vivo e não quis receber
nenhuma homenagem (cf. Atos 3:12-16 ; 10:25,26).
(Fonte: www.cacp.org.br)
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