UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Amar é...



Amar é...

Amar é colocar as necessidades do outro acima das nossas próprias necessidades, sem que isso nos diminua. O verdadeiro amor não cabe em almas pequenas.

O amor é algo que deve nos enriquecer como seres humanos.

O amor sempre traz, nunca leva, nunca toma.

Amar é "apesar de."

Apesar de não ser correspondido, continuar amando, não como um fardo, mas como um complemento de sobrevivência.

Apesar de sofrer, porque sofrer amando é mil vezes melhor que sofrer de vazio e de solidão.

Apesar de dificuldades, porque essas podem nos motivar a sermos mais fortes e nos ensinar que podemos vencer obstáculos.

Apesar de distância, porque quando amamos o coração está sempre perto.

Amar é, quando necessário, se dar o direito de se sentir zangado e magoado, porque se o amor é Divino, é humano também. Mas amar é ser superior a zangas e mágoas.

Amar é colocar o coração em tudo o que fazemos: nos olhos, nas mãos, nas nossas ações. É ver o outro diferente mesmo se ele é igual a todo mundo; é vê-lo especial se ele é diferente.

Amar é se contentar com um pouco de felicidade quando isso é tudo o que podemos ter.

Amar é acreditar quando todos duvidam. É ouvir a voz do coração quando nenhuma outra pessoa consegue escutar.

Amar é, finalmente, dar livre-arbítrio ao próprio coração.

(Autor Desconhecido)

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