UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
(Autor: Fernando Pessoa)
sexta-feira, 8 de maio de 2009
LIVRO: A Coroa, A Cruz e A Espada
Category: Books
Genre: Literature & Fiction
Author: Eduardo Bueno
"A Coroa, A Cruz e A Espada - Lei, Ordem e Corrupção no Brasil Colônia de Eduardo Bueno, Editora Objetiva. Retrata a colonização do Brasil e todos os meandros politicos que a cercaram. Até onde já cheguei ao livro, nossa história, bem diferente da História Oficial foi um marcada por corrupção, despotismo, burocracia e nepotismo, não muito diferentes dos dias atuais. As vezes sem se dar conta o leitor pensa estar lendo algo contemporâneo e recente. Seria engraçado se não fosse trágico. abaixo a análise do autor
No quarto volume da coleção Terra Brasilis, Eduardo Bueno explica as origens de um Brasil corrupto e burocrata “Povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la.”O jornalista Eduardo Bueno reconhece que a frase feita não passa de um chavão, mas a considera perfeita para definir a importância da coleção de história com a qual já conquistou meio milhão de leitores. “Para mudar a história do Brasil, e parar de repeti-la, é preciso conhecê-la. Penso que essa é minha modesta contribuição na luta por um país menos atrasado”, diz o autor, que lança agora A Cruz, a Coroa e a Espada, quarto volume da série Terra Brasilis. Depois de narrar em detalhes os períodos do descobrimento em A Viagem do Descobrimento, a formação das capitanias hereditárias em Náufragos, Traficantes e Degredados, e o doloroso fracasso de seus donatários em Capitães do Brasil, Bueno traça neste novo livro um panorama impressionante dos primórdios da América portuguesa, ao resgatar o período da criação do Governo Geral, primeira tentativa de colonização do Brasil feita com recursos da Coroa de Portugal. Este conturbado capítulo da história brasileira começa efetivamente em março de 1549, na Bahia, com o desembarque de Tomé de Sousa. Acompanhado de dezenas de funcionários públicos – vindos, claro, em número bastante superior às exigências do serviço –, o governador-geral trouxe para os trópicos algumas das mais marcantes características da burocracia estatal ibérica: o clientelismo, a leniência o nepotismo, mazelas que, agravadas pela desigualdade, pelo absoluto desrespeito às leis e pela corrupção generalizada, continuam minando o desenvolvimento do Brasil 450 anos depois.Para Eduardo Bueno, este é o volume mais revelador da coleção, justamente porque desvenda o cerne da corrupção no Brasil: “Nas sociedades ibéricas como um todo, o foco central da corrupção sempre esteve no Judiciário. Não é diferente no Brasil dos dias de hoje. Não se pode exigir que o Legislativo e o Executivo estejam livres da corrupção se o órgão encarregado de combatê-la em primeira instância não apenas não escapa dela, como, de certo modo, a promove”, observa o autor, que, entre outros fatos surpreendentes narrados no livro, revela aos leitores que os primeiros ministros da Justiça e da Fazenda brasileiros eram corruptos. “O objetivo de meus livros não é ideológico, no sentido mais rasteiro da palavra, e sim fazer com que os leitores cheguem às suas próprias conclusões. Só pretendo fornecer dados e informações. Tenho uma certa obsessão pela minúcia de detalhes que permita aos leitores interpretar a história por si. Acredito que seja uma postura muito mais libertária”, completa Bueno.
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