UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sem Rumo


Tão sozinha,
Tão sem coração

Eu não tenho medo do distante, 
eu busco a luz sem revelar a dor
Eu te procuro sem ao menos sabe onde ir

O destino me deixou na beira
de uma estrada... 
carregada de pensamentos
sem rumo sem nada ..

Hoje destruo alegrias com enormes tristezas
Que carrego em meu olhar
Uma enorme tristeza que jamais irá cicatrizar...
Apesar de vários sons...
Hoje escuto apenas o som do que antes era meu coração...

Sem mais lágrimas, Sem mais importância...

Eu só fecho meus olhos e ouço o silêncio
provocado por você...

(Autora: Lady Gótica)

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